Existe esperança para a humanidade numa sociedade que muitas vezes parece caminhar para a frieza e para a tecnologia? Filmes como ‘Good Will Hunting’ (‘Gênio Indomável’), dirigido por Gus Van Sant, em 1997, parecem indicar que sim. A obra tem seu ponto forte no diálogo entre a inteligência do jovem e a vivência da experiência.
O enredo traz um jovem órfão (Matt Damon) que trabalha como funcionário de limpeza numa universidade e revela ser um gênio em matemática. É ‘adotado’ por um professor, mas seu espirito rebelde o leva a ser preso. Para que volte a estudar, a justiça exige que ele faça terapia.
Nada funciona até que ele conhece um profissional diferenciado (Robin Williams), que, machucado internamente pela perda da esposa com câncer, transformou a sua dor numa possibilidade de curar os sofrimentos dos outros. Os elos entre os dois personagens vão e vêm com a força de um pêndulo. E nas conversas surgem pontos de contato.
A cena mais famosa do filme é a dos protagonistas sentados em um banco de um parque. O terapeuta explica calmamente que só poderá ajudar o jovem se este quiser se abrir com ele, pois toda a literatura e arte produzidas no mundo jamais vão substituir um diálogo franco e aberto entre seres humanos. Para ver e pensar sempre!
(Oscar D'Ambrosio, mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo)