A carne bovina e o leite são alimentos que fazem parte de qualquer cardápio da mesa do brasileiro. Do competente churrasco de picanha até o elegante copo de leite, o mugido é a melodia que toca o progresso do “Brasil caipira”. O reflexo são as fazendas brasileiras que acolhem em torno de 226 milhões de bovinos. Estamos entre os cinco maiores rebanhos mundiais que são detentores de 70% dos animais no mundo.
Diante destes números é possível entender que produtos como a carne bovina, apresentam muito mais que um “verniz social”. Ela está impregnada da mais alta tecnologia praticada na pecuária, seja através de Programas de Melhoramento Genético ou da atual Seleção Genômica. Sistemas misteriosos para a grande população consumidora, mas que é o diferencial de um mercado brasileiro saindo dos currais e seguindo para outros continentes.
Desde as primeiras importações das raças zebuínas da Índia no século XIX e que hoje representa 80% do rebanho nacional, o aperfeiçoamento genético do grupo se destaca no grande volume de exportação de commodities aprimoradas como a carne.
Não paramos e avançamos em termos de Brasil e até Goiás. É com orgulho que desde 1997 vendemos sêmens e embriões até para outros países.
Mesmo diante de entraves protocolares sanitários, pelas contas dos órgãos da área o País exporta R$ 400 milhões por ano de material coletado em centros especializados. São animais altamente rentáveis carimbados por programas sérios que podem atestar procedência e critérios de seleção. Uma atração para o agronegócio mundial que vai além da confiança, segue a trilha do know how e do embasamento da mais pura ciência.
No entanto, o que colhemos hoje foi plantado há, no mínimo, 20 anos. Os profissionais envolvidos com a cadeia do boi estão constantemente comprometidos no aperfeiçoamento ou até descarte de teses atuais.
Há uma busca incessante pelo aprimoramento das raças para o criador, a possibilidade da abertura cada vez maior do negócio e até o barateamento da tecnologia para o acesso de pequenos criadores a uma pecuária de elite que abrange carne, leite e derivados.
E para isso, na próxima quarta-feira, 26, abriremos a 8ª edição da Goiás Genética 2018 no Parque de Exposições Agropecuário de Goiânia. Teremos palestrantes da área científica do Brasil e outros países, alunos ligados às ciências agrárias, passando por crianças que conhecerão animais de elite, assim como os simpáticos idosos do abrigo Vila Vida.
O nosso mirante está acima da cerca do curral. Procuramos a excelência no setor mais importante do Agronegócio. Abrimos as porteiras para a inteligência de uma Goiás Genética, agregada a muito suor e perseverança. Somos mais que Pop. Somos inovação.
(Wagner Miranda, presidente da Associação Goiana dos Criadores de Zebu e produtor rural)