Recebi nesta segunda-feira, 3, pela manhã, na Agência Assembleia de Notícias, o livro “Jerônimo Rodrigues da Silva JEROMINHO”, da Coleção Vitae, das mãos do próprio homenageado. Editado em 2011, pela Fundação Cesar Baiocchi Acqua Vitae, através da Editora Kelps, somente agora tive o privilégio de ler a obra, assinada por Ubirajara Galli. Sempre fui admirador do trabalho do Jerominho, mas, sinceramente, não sabia da metade do talento dele! Que privilégio saber mais desse profissional exemplar!
“Falar do Jerominho é falar do Mestre dos Cerimoniais, é falar da história do rádio e da televisão em Goiás, é falar de um grande amigo e um excepcional pai de família”. Essa afirmação é do radialista Armindo de Oliveira, hoje um autêntico Homem de Deus, na orelha esquerda do livro, que retrata de maneira especial a trajetória profissional desse comunicador, natural de Goiatuba, considerado a voz de ouro do rádio goiano. Armindo fala do privilégio de ter trabalhado com Jerominho e atesta que a obra em foco é um importante presente, fonte de pesquisa, de estudo da comunicação em Goiás, nas últimas décadas.
Também gostei muito do prefácio, apresentação do livro, assinada pelo empresário José Batista Júnior (Júnior Friboi). Com um poder de síntese incrível, narra alguns momentos auges da carreira do Jerominho, “que chegou a Goiânia no final da tarde de 31 de outubro de 1956, de onde nunca mais se afastou, para fazer história profissional e constituir família”. Iniciou na Rádio Difusora Campinas, passou pela Rádio Clube e, depois, foi para a Rádio Brasil Central, a convite do então senador Jerônimo Coimbra Bueno, onde permaneceu por 38 anos, quando se aposentou, em 1997.
Na Rádio Brasil Central, Jerominho foi âncora dos programas de grandes audiências, ao exemplo de “O mundo em Sua Casa”, sendo, inclusive, protagonista de notícias das mais importantes, em primeira mão no País, como o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e da morte do Papa João XXIII. Foi, também, pioneiro na implantação da TV Brasil Central, como apresentador do primeiro programa de telejornalismo da emissora. Experiência que trouxera quando trabalhou na TV Goiânia, a primeira a entrar no ar, em Goiás, no dia 6 de novembro de 1961.
Jerominho, que completa 80 anos de idade no dia 19 de novembro, se destaca em tudo que se propõe a fazer, inclusive tocando acordeão (sanfona). E assim foi, também, como Mestre de Cerimoniais, trabalhando com todos os governadores de Goiás, desde José Feliciano Ferreira, em 1959; e empresário da comunicação, implantando várias emissoras de rádio em solo goiano. Na Rádio Mil FM comandou o programa “Falando Francamente”, líder em audiência, ao lado do jornalista Ivan Mendonça, outro ícone da imprensa de Goiás, comentando os principais fatos do Estado e do mundo, sobretudo políticos.
Além de depoimentos da maior importância sobre a trajetória profissional e o homem Jerominho, o livro traz registros sobre: “A origem paterna, materna e o primeiro microfone”, “A mudança para Goiânia”, “Estudos”, “Nas Casas Pernambucanas, o primeiro emprego”, “Breve passagem pela Rádio Difusora Campinas”, “De Goiânia e Rádio Clube de Goiânia”, “Jerominho entra para a história da comunicação em Goiás, nas ondas da Rádio Brasil Central”, “O Mundo em Sua Casa”, “Jerominho: voz e imagem, no nascimento da Televisão Brasil Central”, “Na TV Rádio Clube, Canal 4”, “Jerominho no Palácio das Esmeraldas”, “De empregado a empresário da comunicação”, “O casamento de Jerominho com Regina Iara” e “Algumas das várias homenagens concedidas a Jerominho”.
Parte do depoimento de Marconi Perillo sobre Jerominho, às páginas 82 e 83 do livro em foco: “Como cidadão, pai e esposo, é também uma pessoa exemplar, sempre muito dedicado à família e aos amigos. Solidário e benevolente, Jerônimo é daquelas pessoas que se doam aos que, necessitando, encontram nele sempre o encaminhamento adequado. Além do mais, é uma figura muito popular e de aguçado senso de humor. As pessoas de sua convivência têm nessa interação com ele um motivo a mais de alegria e divertimento, pois Jerônimo não costuma perder a piada nem, muito menos, o amigo”.
Ainda no livro, Jerominho rende homenagens ao saudoso Juvenal de Barros, pioneiro de Relações Públicas em Goiás e que comandou por vários anos o Cerimonial na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). A quem chama de mestre. E com toda razão, porque também tivemos o privilégio de aprender com Juvenal aqui na nossa querida Alego.
Sou grato a Deus pelos poucos, porém ricos momentos de convivência com esse profissional exemplar e gente da melhor qualidade! E rogo ao Senhor Jesus que continue o abençoando, bem como a sua bela família com as mais ricas bênçãos celestiais. Na foto que ilustra essa simples homenagem a esse grande homem (clique do grande repórter fotográfico Carlos Costa), o momento em que eu e Ivan Mendonça recebíamos esse ilustre profissional e empresário da comunicação na Agência Assembleia de Notícias.
(João Nascimento, jornalista)