O acaso, muitas vezes num salutar compadrio com o Destino, propicia-nos momentos que marcam a nossa vida de forma permanente.
Estou me referindo ao encontro que o Destino me propiciou a conhecer o desembargador Liberato Póvoa, com quem convivi, muito mais como amigo e conselheiro do que propriamente como chefe que dele fui.
Diante de tantos testemunhos já publicados neste jornal acerca desta personalidade, que honrou seu estado, o Tocantins, e hoje mostra sua grande capacidade para honrar também nosso Goiás, acho que devo dizer algo sobre Liberato Póvoa.
Era eu já advogado desde 2002, e lá pelo ano de 2007, quando, morando em Goiás, recebi dele o convite para assessorá-lo no seu gabinete no Tribunal de Justiça do Tocantins, em Palmas, convite aceito de imediato, já sabedor de que se tratava de experimentado jurista, com quem seguramente eu me aperfeiçoaria na ciência jurídica.
Agora, sabendo-o candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás, e na esteira de tantos depoimentos elogiosos a sua pessoa, apresso-me em dar minha contribuição, mostrando ao eleitor quem é esse candidato que se aventura pela primeira vez na seara política.
Depois de trinta anos de magistratura, parte dos quais me vanglorio de haver deles participado como assessor e amigo, o desembargador Liberato sempre foi avesso à corrupção e aos políticos que, sem um mínimo de espírito público, procuram locupletar-se com as mordomias que o cargo naturalmente oferece. E sou testemunha viva de sua vida simples, voltada aos interesses coletivos, embora sua simplicidade esconda um homem que desempenhou com dignidade tantos cargos, chegando a ser indicado para ministro do STJ.
E digo-o com conhecimento de causa, pois abraçou sua carreira de magistrado como um sacerdócio, despindo-se de todas as regalias que seus demais colegas nunca dispensavam: ele dirigia seu próprio veículo, raramente andava de terno, e presidia as sessões com a sua toga sobre a roupa simples que sempre usava.
E vejo em sua intenção de concorrer a uma cadeira na Assembleia não como vaidade, mas com o desejo de querer uma radical mudança na situação política, sem armas e violência, mas com ideias e propostas novas para o povo. E o cérebro privilegiado de Liberato Póvoa será uma dádiva da magistratura para tentar melhorar Goiás
Quando conheci Liberato Póvoa, ele já vinha com a experiência de ter dirigido dois Tribunais (Tribunal de Justiça e o TRE/TO por duas vezes), ter sido Governador interino do Tocantins, Diretor do Instituto de Menores de Dianópolis-TO, Diretor-Geral da Escola Técnica Federal de Minas Gerais e outros relevantes cargos, além de jornalista atuante no “Diário da Manhã” (onde sempre manteve coerência de ideias e coragem para as expor), membro-fundador de três academias e ter mais de vinte obras jurídicas e literárias publicadas, o que o impulsionará na melhoria da população que vive em Goiás.
Assim, conhecendo como o conheço, tenho a certeza absoluta de que poderá mudar Goiás, não fazendo parte daqueles políticos profissionais que só de quatro em quatro anos procuram os eleitores para pedir-lhes apoio e voto e perpetuar-se no poder, como se os eleitores fossem bois-de-carro ou ovelhas, que os seguem como propriedade sua.
Posso dizer, com absoluta certeza, que com o ingresso de Liberato Póvoa na política, ele fará a diferença, pois podemos escolher quem pode ser pobre de bens materiais, mas rico em ideias e capacidade de trabalho, o quem demonstrou numa longa carreira que soube honrar. E disso sou testemunha.
Apesar da intensa vida pública, é um homem sem patrimônio, porque nunca participou de conchavos; pelo contrário: combateu sempre a sujeira da política no Tocantins, no que angariou poderosos inimigos, que tentaram prejudicá-lo de todas as formas, mas, com certeza, dará a volta por cima e será um digno representante do povo goiano, já que o Tocantins, historicamente dominado por pessoas não tocantinenses, não soube aproveitar suas potencialidades, mostrando que “santo de casa não faz milagres” (Jesus não operou nenhum milagre em Nazaré).
Nossa convivência me levou a tê-lo como integrante de minha banca de advogado em Crixás, e enriquece sobremaneira meu escritório com sua incontestável bagagem intelectual, como se não bastasse considerá-lo da família, acompanhando o nascimento e o crescimento de meus filhos e sempre me propiciando preciosas lições de vida, com prudentes e oportunos aconselhamentos.
Ele provará, durante seu mandato, que é possível ser honesto como político.
(Luciano Gomes de Farias, advogado do Escritório Farias & Farias - Advocacia, Assessoria e Consultoria Jurídica, pós-graduado em Direito Civil e Processual Civil pelo Ibmec. Pós-graduado em Direito Público e Administrativo e especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Uniderp, especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, ex-assessor jurídico do desembargador Liberato Póvoa no TJ-TO de 2007 a 2011)