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OPINIÃO

Recado do Delúbio: companheiros e companheiras

O mo­men­to po­lí­ti­co no Bra­sil é de uma gran­de­za úni­ca, após ma­no­bras po­lí­ti­cas e ju­di­ci­ais, os gol­pis­tas cas­sa­ram uma pre­si­den­ta le­gi­ti­ma­men­te elei­ta pe­lo po­vo bra­si­lei­ro e não pa­ra­ram por aí. Mas dia após dia o po­vo dá pro­vas de que sa­be que é ele o do­no de seu des­ti­no.

Ape­sar de to­da a ma­ni­pu­la­ção, dos fa­tos dis­tor­ci­dos, dos jul­ga­men­tos de ex­ce­ção, das con­de­na­ções sem pro­vas, das de­nún­cias sem evi­dên­cias, do atro­pe­la­men­to das leis, ape­sar de to­do es­se es­for­ço pa­ra ani­qui­lar os par­ti­dos de es­quer­da e em es­pe­ci­al o PT e su­as li­de­ran­ças, o po­vo di­a­ria­men­te mos­tra que não es­que­ce de quan­do ele mes­mo di­tou os ru­mos do nos­so pa­ís. Mas os gol­pis­tas, co­mo vo­cês sa­bem bem, não po­dem acei­tar que os ru­mos do Bra­sil se­jam di­fe­ren­tes dos pla­nos de­ter­mi­na­dos por eles. Co­mo sem­pre ha­via si­do, até que o go­ver­no po­pu­lar de Lu­la de­vol­ves­se o pa­ís a quem o cons­trói: os tra­ba­lha­do­res, os po­bres, as mi­no­ri­as e os ex­cluí­dos.

Nes­se mo­men­to, com­pa­nhei­ros e com­pa­nhei­ras, é fun­da­men­tal lem­brar­mos de ca­da eta­pa des­te gol­pe, ca­da vez mais de­sa­ver­go­nha­do e es­can­ca­ra­do. Pri­mei­ro, su­fo­ca­ram a de­mo­cra­cia e jo­ga­ram no li­xo mais de 54 mi­lhões de vo­tos. De­pois, in­ves­ti­ga­ram ca­da cen­tí­me­tro da vi­da de Lu­la. Não en­con­tra­ram na­da. Mes­mo as­sim Lu­la foi con­de­na­do. Sem ne­nhu­ma pro­va, com ba­se na ené­si­ma ver­são da his­tó­ria de um de­la­tor.  Co­lo­ca­ram o mai­or lí­der po­pu­lar des­te pa­ís na ca­deia sem in­di­car ne­nhum cri­me.

Mas nos­sa voz de lu­ta con­ti­nuou ati­va, Lu­la con­ti­nuou cres­cen­do e de­ci­di­ram, mais uma vez, dar um nó na lei pa­ra im­pe­dir que Lu­la fos­se can­di­da­to. O po­vo re­sis­tiu, o mun­do to­do de­nun­ciou, a ONU de­ter­mi­nou que Lu­la fos­se can­di­da­to. Mes­mo as­sim, os gol­pis­tas fo­ram em fren­te. Fi­ze­ram mais, pro­i­bi­ram que dis­sés­se­mos que nos­so can­di­da­to era o Lu­la. Mas ele con­ti­nuou su­bin­do. E nós pros­se­gui­mos. En­tão o vo­to em Lu­la se tor­nou o vo­to em Had­dad 13 e eles pro­i­bi­ram que fa­lás­se­mos que Lu­la é Had­dad 13. Mes­mo as­sim, Had­dad 13 cres­ceu. Cres­ceu por­que nós não de­sis­ti­mos. Quem é de lu­ta, lu­ta e con­quis­ta.

Es­se gol­pe, tra­ma­do em ga­bi­ne­tes, ar­ma­do por quem con­ti­nua pen­san­do que o Bra­sil é sua pro­pri­e­da­de, tem uma gran­de fa­lha. Um de­fei­to, ali­ás, que es­tes gol­pis­tas pas­sa­ram a vi­da to­da fa­zen­do: de­ci­dir sem con­sul­tar o po­vo. Acon­te­ce que o po­vo é Lu­la. E Lu­la é Had­dad 13. Mais uma vez, o des­ti­no do nos­so pa­ís de­pen­de da nos­sa for­ça, da nos­sa voz, da nos­sa mi­li­tân­cia.

Si­go, aqui da pri­são em Cu­ri­ti­ba, que se tor­nou a mi­nha trin­chei­ra, de ca­be­ça er­gui­da, com a mes­ma gar­ra e von­ta­de do jo­vem pro­fes­sor que nos anos 70  ini­ci­a­va sua mi­li­tân­cia em Go­i­ás. E é da­qui que con­cla­mo a to­dos os mi­li­tan­tes, sim­pa­ti­zan­tes, elei­to­res do PT, par­ti­dos de es­quer­da a mar­char jun­to com Lu­la e Had­dad 13, pa­ra que nos­sa pá­tria ama­da se­ja de to­dos os bra­si­lei­ros. Uma pá­tria so­li­dá­ria, sem fo­me, com em­pre­go e so­be­ra­nia. Em 7 de ou­tu­bro quan­do ces­sar a ses­são do tri­bu­nal do po­vo, às 17 ho­ras, es­ta­re­mos nas ru­as, em pas­se­a­tas e car­re­a­tas, com ban­dei­ras ver­me­lhas e bran­cas, que re­pre­sen­tam o fu­tu­ro de uma na­ção vi­to­ri­o­sa. Pois só o po­vo po­de de­fi­nir seu fu­tu­ro.

Lu­la Ino­cen­te!

Lu­la Li­vre!

Lu­la é Had­dad 13!

Um abra­ço do sem­pre com­pa­nhei­ro,

(De­lú­bio So­a­res, sindicalista e político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores)

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