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OPINIÃO

Um cenário sem crises e de pura felicidade

Fa­la-se de mo­men­to que a so­ci­e­da­de bra­si­lei­ra es­tá mer­gu­lha­da na mai­or cri­se de sua his­tó­ria. E é fa­to. Há uma, não , há vá­ri­as cri­ses. E to­das atin­gem as pes­so­as em seus sen­ti­men­tos, em sua au­to­es­ti­ma, no seu sig­ni­fi­ca­do de bra­si­li­da­de, de amor à pá­tria, de es­pe­ran­ça. San­ta es­pe­ran­ça! Oh, pan­do­ra ,man­te­nha in­có­lu­me  o seu baú.

Guar­de em sua cai­xa es­sa nos­sa so­bre­vi­ven­te. Mas, nem to­das as pes­so­as es­tão per­di­das em sua fe­li­ci­da­de. E aqui es­tão as pro­vas. Há um mun­do e um mar em nos­so mun­do on­de exu­be­ra, trans­bor­da, ale­gria, au­to­es­ti­ma e fe­li­ci­da­de. O mun­do das re­des so­ci­ais.

Quan­do a na­ção ian­que in­ven­tou e cri­ou a re­de mun­di­al de com­pu­ta­do­res, a world wi­de web, re­de de al­can­ce mun­di­al (www), os tec­nó­lo­gos e ci­en­tis­tas ti­ve­ram uma ideia. Qual foi? Uma in­ter­co­mu­ni­ca­ção de com­pu­ta­do­res pa­ra trans­mis­são de da­dos, tex­tos, men­sa­gens, in­for­ma­ções di­gi­ta­das.

A prin­cí­pio, foi ima­gi­na­da ser tal re­de ape­nas pa­ra uso ins­ti­tu­ci­o­nal. NA­SA, for­ças ar­ma­das, ór­gã­os de go­ver­no. A coi­sa, quer di­zer, a in­ven­ção se tor­nou tão fan­tás­ti­ca que os seus cri­a­do­res fo­ram ge­ne­ro­sos com as pes­so­as co­muns. E a in­ter­net, em seus ob­je­ti­vos ini­ci­ais foi pro­pi­ci­a­da e tor­na­da pú­bli­ca e   po­pu­lar. To­dos, ou qua­se to­das as pes­so­as, ho­je, têm a in­ter­net. Já te­mos ago­ra a In­ter­net das coi­sas. San­ta tec­no­lo­gia. Su­as fun­ções e apli­ca­ções fo­ram am­pli­fi­ca­das.

Com a po­pu­la­ri­za­ção e pri­va­ti­za­ção da in­ter­net, sur­gi­ram os em­pre­sá­rios do ra­mo. Os pro­ve­do­res. Co­mo exem­plos a mi­cro­sof, o go­o­gle, o fa­ce­bo­ok. De co­me­ço, o que se ti­nha? Tro­ca de e-mails e fon­te de pes­qui­sa e in­for­ma­ções. Eis que en­tão os tec­nó­lo­gos e ne­go­ci­an­tes do ra­mo ti­ve­ram uma sa­ca­da (in­sight). Pen­sa­ram eles: es­tá pou­co atra­ti­vo o que a web es­tá ofe­re­cen­do( prin­cí­pio das tes­es de Scho­pe­nhau­er). A Dor e o Té­dio São os Dois Mai­o­res Ini­mi­gos da Fe­li­ci­da­de, pa­la­vras do fi­ló­so­fo  . Por­tan­to se na aqui­si­ção de uma coi­sa, sur­ge o té­dio, va­mos in­cre­men­tar, mo­der­ni­zar es­sa coi­sa. As­sim foi com a gran­de re­de.

Va­mos am­pli­ar as uti­li­da­des de nos­sa re­de. Foi daí en­tão que no co­me­ço cri­a­ram os chats, sms, tor­pe­dos;  de­pois vi­e­ram as ho­je tão po­pu­la­res re­des so­ci­ais. Fa­ce­bo­ok, twit­ter, wat­sapp.

Foi o mes­mo ca­mi­nho que deu ori­gem aos, ho­je, smartpho­nes. A ori­gem foi ape­nas a te­le­fo­nia mó­vel. O te­le­fo­ne ce­lu­lar, ori­gi­nal­men­te, foi cri­a­do com o ob­je­ti­vo úni­co de li­ga­ções en­tre pes­so­as (te­le­fo­ne­mas), de on­de elas es­ti­ves­sem , sem fio; se­ria a te­le­fo­nia wi­fi. De­pois vi­e­ram os tor­pe­dos, as en­tão men­sa­gens (sms) e ago­ra o que se faz de me­nos, qua­se na­da, é em­pre­gar o ce­lu­lar pa­ra li­ga­ções te­le­fô­ni­cas. Os smartpho­nes se tor­na­ram mi­cro­com­pu­ta­do­res de mão e bol­so. Mui­to mais de mão que de bol­so. Nin­guém des­gru­da mais de seus ob­je­tos de mí­di­as. O que vi­go­ra de ora avan­te são , não os PC, os per­so­nal com­pu­ters, mas os HC, Hand Com­pu­ters. Is­to até que sur­ja ou­tra fren­te de co­mu­ni­ca­ção so­ci­al.

Com a mas­si­fi­ca­ção das re­des so­ci­ais sur­gi­ram du­as mo­da­li­da­des de co­mu­ni­ca­ção en­tre as pes­so­as. Nes­te sen­ti­do du­as re­des ga­nha­ram gran­de uso e am­pla vi­si­bi­li­da­de: o yo­u­Tu­be e o what­sApp. A mai­o­ria das pes­so­as, não mais es­cre­ve. Não é que elas se tor­na­ram ágra­fas. Tra­ta-se de du­as no­vas e eco­nô­mi­cas for­mas de men­sa­gens, ima­gens e áu­di­os. O gran­de ris­co nes­se pro­ces­so é de fa­to pa­ra nos­sos in­fan­tis e ju­ve­nis in­ter­nau­tas. Por uma ques­tão de ata­lho nin­guém mais quer es­cre­ver ou di­gi­tar. São áu­di­os e ví­de­os. Com a in­ter­net e as ubí­quas re­des so­ci­ais te­mos en­tão a ge­ra­ção Z do au­dio­vi­su­al. A ge­ra­ção do ne­nhum es­for­ço.

Ou­tra ge­ra­ção sur­gi­da com as re­des so­ci­ais é a ge­ra­ção da fe­li­ci­da­de eter­na. A mar­ca pri­mei­ra des­sa fe­li­ci­da­de es­tá es­tam­pa­da nas fo­tos com que as pes­so­as exi­bem em seu per­fil. São sem­pre as mais per­fei­tas e cli­ca­das nos mo­men­tos mais fes­ti­vos e de mai­or ale­gria e pra­zer. Com uma ou­tra ca­rac­te­rís­ti­ca: a mai­o­ria das fo­tos, ví­de­os,  não são as atu­ais, mas, da pes­soa no es­plen­dor da ju­ven­tu­de e be­le­za. Mui­tas com um in­cre­men­to de­co­ra­ti­vo do pho­tos­hop. De quan­do em vez  há um sus­to, por­que vê-se a pes­soa be­la, pe­le li­sa, bem ma­qui­a­da, pin­ta­da, atra­en­te,  lá nas pá­gi­nas vir­tu­ais, quan­do há um en­con­tro fí­si­co, pre­sen­cial, aque­le sus­to. Sur­ge aque­la dú­vi­da. Uai! É vo­cê mes­ma da­que­las fo­tos ? Pen­sei que fos­se a avó ou mãe .

Só ale­gria, be­le­za e fe­li­ci­da­de nas re­des so­ci­ais. Tu­do da pes­soa é exi­bi­do à exaus­tão. As me­lho­res co­mi­das, as me­lho­res vi­a­gens, as me­lho­res rou­pas, as li­ba­ções mais pra­ze­ro­sas, os abra­ços, bei­jos, afa­gos. Às  ve­zes até em rou­pas su­má­ri­as ou sun­tu­o­sas. Mui­tos ri­sos e gar­ga­lha­das. Rsrsrs, kkkk. En­fim, às fa­vas as cri­ses do Bra­sil e de quem es­tá fo­ra das re­des.

Re­des so­ci­ais, um mun­do sem cri­ses. On­de to­das têm sua vi­si­bi­li­da­de, ale­gria e fe­li­ci­da­de em pro­fu­são, mes­mo que de­pois ve­nha al­gum ti­po de de­pres­são.   Se­tem­bro/2018.

(Jo­ão Jo­a­quim, mé­di­co, ar­ti­cu­lis­ta DM – fa­ce­bo­ok/ jo­ão jo­a­quim de oli­vei­ra – www.drjo­ao­jo­a­quim.blog­spot.com – What­sApp (62) ­98224-8810)

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