A Ciência dos homens, em todos os seus departamentos, tem suas bases fincadas nas revelações espirituais.
Os espíritas, não ignoramos que a fonte de tudo demora-se nas Esferas Mais Altas da Vida.
Os protótipos de todas as descobertas, neste ou naquele setor do conhecimento, em benefício da Humanidade, são calcados em projetos transcendentes.
Não me canso de dizer e repetir que o mundo dos Espíritos é causal e os mundos materiais, efeitos. O mundo espiritual é antecedente e os mundos materiais, apenas consequentes.
É esta a razão por que os próprios físicos quânticos têm, nas últimas décadas, se escursionado pelos arraiais das doutrinas filosófico-espiritualistas do Oriente, a fim de que embasar possam suas teorias. Somente assim têm essas teorias alcançado ressonância no seio da massa dos leitores mais exigentes, que sentem, por sua própria natureza humana, a intuição da realidade espiritual.
Apregoando que tudo no Universo se acha indiscutivelmente entrelaçado, aceitando, portanto, a inexorável união do fisco e do extrafísico, foi justamente nas doutrinas orientais que a Física Quântica tem buscado o seu material de persuasão.
2 – A Doutrina Espírita, a última Revelação, na Terra, não está alheia a essas descobertas. Ao contrário, antecipou-se a muitas delas, pelo que consta, como fundamental, nas obras básicas, com destaque em “O Livro dos Espíritos”, cap. II – Dos Elementos Gerais do Universo – e em “A Gênese” – cap. X – Gênese Orgânica; e cap. XI – Gênese Espiritual.
Mas, não apenas nas obras básicas. Complementando-as, citem-se as obras de André Luiz, principalmente, “Evolução em Dois Mundos” e Mecanismos da Mediunidade”, e também as obras de Emmanuel, que, nas entrelinhas, não deixam que passem despercebidas tão importantes revelações, que provêm do auxílio divino à evolução planetária.
Além dessas últimas obras, todas da psicografia de Francisco Cândido Xavier, outras de realce existem na literatura espírita, entre as quais incluem-se os clássicos do Espiritismo e os escritores hodiernos, muitos de reconhecido valor científico.
3 – Os físicos quânticos andam, em suas buscas e pesquisas, à procura da partícula fundamental. Imagino, que mais cedo do que se possa avaliar, a encontrarão.
Nesse ponto, o Espiritismo antecipa-se à Ciência.
Os Espíritos codificadores, no cap. II, de “O Livro dos Espíritos”, acima referido, quando discorrem sobre Espírito e Matéria (questões 21 a 28); Propriedades da Matéria (questões 29 a 34); e Espaço Universal (questões 35 e 36), ao responderem as perguntas formuladas pelo Codificador, deixam claro que a Partícula Fundamental está patente aos olhos dos que têm “olhos de ver” e que, portanto, não ignoram de que tudo promana da fonte única – Deus.
Não ignoram que tudo tem origem no Fluido Universal, ou Hausto do Criador.
Registre-se, aliás, de passagem, que os físicos quânticos que mais se afinizam com as revelações psíquicas do Espiritismo e das próprias doutrinas orientais, já descobriram o que denominam de Consciência, tendo-a como a realidade única e final (“O Universo Autoconsciente” – Amit Goswami), p. 72, ob. citada.
Outro dos cientistas de nomeada, que também pesquisa e reflete nessa mesma direção, é Michio Kaku, em seu livro “Hiperespaço”, ob. citada.
4 – Os cientistas citados, em suas pesquisas e descobertas, guardam estreita relação com o que decorre das obras espíritas acima, a partir das aludidas questões em “O Livro dos Espíritos”.
Toda a obra de André Luiz está entremeada desses indícios e mesmos de provas de ordem científica, precipuamente em “Evolução em Dois Mundos e “Mecanismos da Mediunidade”, conforme antes me referi.
A título de exemplo, permitam-me transcrever de “Os Mensageiros”, de autoria de André Luiz e psicografia de Chico Xavier , trecho do diálogo entre o instrutor Aniceto e André Luiz, durante uma volitação que realizavam, suscetível de nos levar a fértil reflexão filosófica e científica sobre tema tão transcendente:
“A Ciência vai, igualmente, aos círculos atômicos; analisa a materialização da energia, os movimentos dos elétrons, estuda o bombardeio de átomos e esquadrinha corpúsculos diversos. Mas todo esse trabalho, com a colaboração das lunetas de alta potência e dos geradores de milhões de volts, ainda é serviço que apenas identifica os aspectos exteriores da vida. Há, porém, André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível. A eletricidade e o magnetismo são duas correntes poderosas que começam a descortinar aos nossos irmãos encarnados alguma coisa dos infinitos potenciais do invisível, mas ainda é cedo para cogitarmos de êxito completo. Somente ao homem de sentidos espirituais desenvolvidos é possível revelar alguns pormenores das paisagens sob nossos olhos. A maioria das criaturas ligadas à Crosta não entende estas verdades, senão após perder os laços físicos mais grosseiros. É da lei, que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito.
Nessa altura, Aniceto calou-se.
Comovido com as instruções, guardei religioso silêncio.”
(Weimar Muniz. wei[email protected])