Viajar na possibilidade dos tempos e de seus espaços é buscar as suas criações dos seus mitos, sejam elas, de ordem física ou imaginária, dentro de limites, possivelmente, condicionados ao tamanho da sua ilha cultural. O termo mitologia nessa questão de ordem determina os conceitos e estudos dos mitos ou a um conjunto de mitos com suas relações e conexões de diferentes culturas. Nessa onda tento estabelecer no duplo sentido da palavra, ou linha de raciocínio, atribuídas a qualquer história tradicional registrada pelos estudiosos pelos séculos de origem e criação, que representa a identidade social tendo como exemplo a mitologia grega e a de “conhecimento popular” na tradução do folclore que se desenvolveram com os povos, através dos seus costumes e tradições, transmitidos entre gerações. Não basta mencionar conceitos, mas, extrair deles, a vertente popular de maior ênfase em relação à palavra “mito”, que é frequentemente utilizada coloquialmente para ser referir a uma história falsa. Nessa máxima, a fábrica de criação de “mitos” oriunda de cérebros empobrecidos que auto se intitulam “salvadores de todos os males”, infelizmente, tem tido grande aceitação popular.
Entenda, esse é um processo do conhecimento da humanidade desde as descrições de religiões fundadas por sociedade antigas como mitologia romana, mitologia grega, mitologia egípcia, mitologia nórdica e mitologia cristã, possuidoras em algum momento da história de meras fábulas. Diante destas referências destaca em especial, a mitologia grega que vem do conjunto de mitos originários da Grécia Antiga. Segundo estudos e pesquisas realizadas, para muitos estudiosos modernos, entender os mitos gregos é o mesmo que lançar luz sobre a compreensão da sociedade grega antiga com seu comportamento e suas práticas ritualísticas. Os mitos “gregos” arrisco afirmar, de hoje e os de ontem, ilustram as origens do mundo, de costumes, bem como na concepção das aventuras e desventuras de uma ampla variedade de deuses, deusas, heróis, heroínas e de outras criaturas mitológicas.
Vivenciamos, a meu ver, diversas situações que irá divergir ou convergir pelas opiniões sob o crivo das nossas criações de mitos. Identificar ou tentar identificar os mitos, cabe a nós, assim entendo, conhecer o teor da cosmogonia (cosmogenia) que vislumbra, em parte, esclarecer dentro do aspecto da especulação do modelo relacionado sobre à existência (origem) que seja do cosmos (universo), ou da chamada realidade dos seres sencientes – nesta último caso, “é reconhecer que ele é capaz de sentir, de vivenciar sentimentos como dor, angústia, solidão, amor, alegria, raiva. Então, alguns exemplos, os religiosos tomam como ofensa a caracterização de sua fé como um conjunto de mitos e, nessa dicotomia de apontamentos e tendências no bojo de suas sensações emerge a indicação de que a sua religião não passaria de folclore. Faça uma análise em outra situação – “Quiçá aconteça no cotidiano dos extremos políticos desenhado pela direita ou pela esquerda ou de ordem empresarial, ou comercial com uma grande inserção de “mitos” da mitologia nos Fakes News, em rede do WhatsAps, num cenário que visa alimentar um resultado de lados politiqueiros ou financeiro”. Vai pensando, no final desse artigo, quem sabe, terá a resposta ao seu gosto.
Nessa desambiguação de significados, segundo as pesquisas, o Folclore busca sua identidade no “conhecimento popular” e, é um gênero da cultura de origem popular, que representa a identidade social de uma comunidade através de atividades culturais que nasceram individualmente ou coletivamente e, se desenvolveram com o povo nos seus costumes e tradições, transmitidos entre gerações. Ainda, se pode designar de toda cultura nascida das classes populares, o status de história não escrita de um povo. Mesmo que o avanço da ciência e da tecnologia tenham levado ao descrédito muitas dessas tradições populares, não poderia deixar de fazer um paralelo com o quase folclore dos bonecos de Olinda ou com palhaços retratados nas pistas do sambódromo carioca e paulistas em dias festa de carnaval, representado pelas personalidades políticas, que de certa maneira são “mitos” criados na memória popular da direita ou da esquerda no desespero do protesto ou na exaltação dos seus deuses, heróis... Imaginem, virou instrumento de sucesso a mentira exposta como verdade transmitida aos olhos da (in) justiça eleitoral em toda rede social garantida pelos cofres oculto, agora na mira de investigação das autoridades.
É preciso distinguir a filosofia como a parte de argumentação racional na oposição de conceitos, às vezes empíricos, da mitologia e dos dogmas da religião. Como foco da verdade, a Filosofia, entre os seus métodos, estão além da argumentação racional, a análise conceitual, a dialética, a hermenêutica, a fenomenologia, as experiências de pensamento. Com isso, importante nesse aspecto analítico conhecer a outra ponta de uma visão científica que é a Filosofia, termo criado por Pitágoras (570 – 495 a.C), para estudar as questões gerais e fundamentais relacionadas com a natureza da existência humana; do conhecimento; da verdade; dos valores morais e estéticos; da mente; da linguagem aliada a porta do universo na sua totalidade. O ser bicho homem vive hipoteticamente em sociedade similar e plural, usando das palavras de efeitos confusos nessa linha da racionalidade vem a Sociologia, termo que foi criado por Augusto Comte (em 1838) vista por ele como “o fim essencial de toda a filosofia positiva”. Conceituar discretamente a Filosofia e a Sociologia me leva a crer que os “mitos” de uma nova ordem, a de Fakes News, geralmente criadas num dado momento de mudanças na maneira de pensar a realidade social. Nesse tom, às vezes, num quadro inverso das expectativas racionais das transformações econômicas, políticas e culturais, certamente, serão medidas por uma ruptura que poderá ocorrer com a proporção e o tamanho da mentira como forma de virar verdade.
Bem vindo meu caro leitor a Ilha cultural na criação dos seus mitos, certamente, depois de viajar um pouco nessa agonia da mitologia para “gregos” e “troianos”, talvez, quem sabe, você compreenderá melhor o quadro comportamental humano, desumano, não importando a sua classe social embutidos em tendências de interesses individuais e coletivos. Temporais e tempestades de granitos mitológicos tem sido despejados pela enxurrada de vídeos de Fakes News com ilações de ódio, de raiva e de discórdia entre homens e mulheres de bem... Nunca presenciei e vi em minha vida tamanha disseminação de urubus como forma de transformar vidas em carniças a céu aberto, tudo pelo prazer de conquistar o poder sem poder. As nuvens continuam carregadas de notícias montadas ao gosto das iscas fisgadas pelo desconhecimento do perigo, certo de que elas, involuntariamente, continuarão a cultivar a erva da morte em suas vísceras cheio de fel, alimentando nos cérebros empobrecidos a ideia de que uma mentira ou verdade será criada para qualquer postagem nas redes sociais. Nesta nefasta onda os órgãos de controle cibernético mundial, sejam institucional ou civil, não possuem instrumentos eficientes contra o crime cibernético, bem como contra o crime da moda, do momento, conhecido pela comunidade mundial chamada de Fakes News, aquele que tem como significado a postagem de notícias falsas, mentirosas, invenções e falácias a bel prazer de um multi sistema organizado como forma de dominar e atender a interesses desconhecidos que virão com o tempo à “tona”. Deixo aqui para sua reflexão meu caro leitor na seguinte frase, que diz: “O mundo só terá paz, quando o homem respeitar a sua mesma origem... proveniente de um mesmo Deus, o Deus do amor”. Muita paz!
(Antonio Alencar Filho, administrador de empresas, formado pela Universidade Católica de Goiás (Atual PUC); analista de gestão; conselheiro da Associação Goiana de Imprensa – AGI; presidente da Associação de Resgate e Cidadania do Estado de Goiás; articulista do DM, escreve especialmente para essa sexta-feira)