Ao se aproximar as eleições na OAB-GO, a se realizarem em 30 de novembro, uma constatação pode ser facilmente detectada: a falta de discurso para a oposição. Não importa se sejam duas, três ou quatro chapas. Uma será situação e as demais oposição. Em quaisquer das hipóteses a oposição não tem argumentos para a campanha. Isso porque tudo que poderia ser realizado já foi ou está sendo feito pelos atuais administradores, restando aos opositores apenas usar os métodos ultrapassados da falecida OAB Forte de compra de votos, campanha difamatória, propaganda mentirosa e outras condutas perniciosas formuladas por marqueteiros contratados a peso de ouro .
O que a atual administração da OAB fez, e está fazendo, é o que faria qualquer dona de casa, chefe de família, comerciante ou governante: em época de crise, faltando dinheiro, o bom senso aponta para necessidade de economia, elegendo prioridades que cabem no orçamento, pagar dívidas existentes e não fazer novas. Nada de construções suntuosas e irresponsáveis com objetivos eleitoreiros, fazendo dívidas. O correto será pagar as dívidas existentes limpando o nome da instituição, enxugar o número de funcionários, racionalizar os procedimentos administrativos, modernizar os equipamentos informatizados e proceder as reformas necessárias. Tudo isto foi e está sendo feito dentro das possibilidades financeiras, sem fazer dívidas.
Campanha sem discurso significa falar muito e não dizer nada. Os sucessores da OAB Forte estão mais inflados do que balão furado. Os argumentos usados pelos opositores se resumem a dizer que Lúcio Flávio é autoritário, que não cumpriu as promessas de campanha, que está gastando muito em publicidade e usando a instituição em seu favor. Os argumentos são muito frágeis e não sensibilizam o eleitorado, que são os advogados goianos. Não há necessidade de defender a atual administração. A OAB não é apenas o Presidente. Existem o braço assistencial (Casag) e o braço cultural (Escola de Advocacia), além do Conselho, formado pelo conselheiros. Tudo funciona bem e com total transparência.
Certamente que a oposição, na falta de discurso, irá usar métodos já superados da política comum, que estão sendo repudiados nas urnas. O eleitor brasileiro está riscando do mapa todos os políticos profissionais que usufruíam cargos públicos em benefícios próprio. O mesmo deve acontecer na OAB. A velha política já era. A OAB tem que seguir para a frente. Para trás, nunca mais! Retrocesso chega a ser falta de inteligência. E inteligência é o que não falta aos advogados goianos. O que os advogados querem é uma OAB séria e que continue a merecer o respeito social que sempre desfrutou na historia do Brasil.
Conclusão: a oposição não tem discurso nas eleições da OAB.
(Ismar Estulano Garcia, advogado, ex-presidente da OAB-GO, professor universitário, escritor)