O magistrado de escol e articulista do DM Liberato Póvoa em seu artigo de 29/08/18 reverbera as mazelas daqueles que deveriam dar o exemplo. O Rei Lear se egresso da peça de Shakespeare ficaria mais atônito ainda diante da nossa realidade. Nunca atingimos a melhor parte. A internet nos traz novidades que nos destroçam. A pletora de adjetivação desse magnus pretor da magistratura que se abespinha a cada declaração de embuste trazidos pelas redes sociais que não deixam nada escondido, combate esses arrivistas de manobras ratatuínas. A notícia de que a nossa amada Câmera Federal decidiu gastar R$ 400 milhões para comprar um prédio novo (obra total estimada em R$ 1 bilhão) a partir de agosto de 2016, com gabinetes para deputados, foi uma decisão da mesa diretora, comandada pelo decadente deputado Eduardo Cunha, que de herói virou bandido, informa. O problema do Brasil é o desperdício e a corrupção. Faltam médicos nos hospitais. ‘’. Ninguém ignora que no Brasil não há dinheiro para a compra de remédios, de material básico para atendimento, instalações de decentes, pagamento de médicos. Ora, os deputados de Brasília já possuem dezenas de mordomias e espaços maravilhosos de trabalho, enquanto áreas essenciais da saúde pública estão sofrendo de necessidades básicas‘’, denuncia esse ilustre douto com assertividade na cobrança. Esse salomônico articulista que não paga de vivandeira, calibra a sua verve para malsinar essa turba malta de safardanas, sequiosos de sinecuras e prebendas. ‘’É muita safadeza! É molecagem demais! ’’ Só mesmo um pusilânime ficaria conivente com a molecagem dessa caterva que assalta o Erário público. Pasma mesmo ver ex-ministros e ex-secretários do Estado dividindo a cornucópia do poder, assombra mesmo essas sinecuras nos intestinos da nação. É coisa de embusteiros infra-humanos: ‘’ um cidadão ter que contribuir com a Previdência, ao longo de trinta e cinco anos, para ter direito a receber uma pensão-esmola, enquanto deputados necessitam de um ou dois mandatos, e alguns membros do Governo, conforme o caso, que, para terem o direito de cobrar pensão máxima precisam unicamente do juramente de posse ‘’, vocifera esse jurista experiente no riscado. A sua faina indômita, hoje uma legenda de lutas no fanal das lutas libertárias, é um contundente libelo contra todas as injustiças praticadas na Administração Pública que espezinha a aposentadoria das viúvas e aposentados, além de manterem os seus milhares de aspones e bate-paus com salários sonhados pelos mais qualificados técnicos que ganham mais do que oficiais generais e cientista que engrandecem o Brasil. Esse aqueduto de corrupção merece um estudo teratológico. A malversação do Erário público, em toda a América Latina, é uma gangrena contra as instituições democráticas. Como dizia A.Lincoln: ‘’Pode-se enganar a todos por algum tempo; a algumas pessoas o tempo todo. Mas não se pode enganar a todos por todo o tempo ‘’. Como ensinou o sábio Maciel, as consequências vêm depois. “ E o pior é que não se vislumbra uma solução para este nosso Brasil sem líderes, onde os pretensos ‘’salvadores da pátria’’ ensaiam reações apenas até o momento em que os conchavos por baixo do pano mostram que, na verdade, nossos representantes, com microscópicas exceções, não passam de refinados vigaristas, afirma esse afirma jurista sempre referto de sabença jurídica. Nesse país em que “somos o único caso de democracia em que condenados por corrupção legislam contra juízes que os condenaram, vale citar outra máxima: ”Todo juiz tem o réu que merece”.
(Edvaldo Nepomuceno, escritor)