O estado de Goiás enfrenta um grande desafio: a falta de gestão da água. Para piorar o problema, a condução política para o saneamento básico e gestão dos recursos hídricos enfrenta um quadro crítico causado pelo déficit de investimentos. E o governo sabe que precisa fazer a sua parte. Ainda que se trate de serviços públicos indispensáveis, o abastecimento de água e tratamento do esgoto dependem do comprometimento por parte do governo e sociedade, de que investimentos geram desenvolvimento urbanístico para as cidades e melhor qualidade de vida para a população.
Para garantir o acesso sustentável à água são necessários investimentos e projetos que saiam do papel. Se o governo não evoluir na gestão da água e saneamento básico os conflitos aumentarão e a qualidade de vida será das piores. É preciso, sobretudo, que o governo planeje soluções de curto, médio e longo prazo, de modo a atender o maior número de famílias, minimizando os impactos causados pela escassez. Além de fazer valer a legislação para coibir danos ambientais, como o desmatamento de áreas de proteção ambiental e poluição de nascentes.
O governo de Goiás não tem dado atenção à segurança hídrica, com exceção quando surgem emergências. O problema é observado principalmente no manejo das bacias hidrográficas, onde os danos ambientais causados pelo desmatamento não são corrigidos. É necessário que haja uma atuação compromissada em gestão dos recursos hídricos e medidas efetivas de planejamento, fiscalização e controle para assegurar o saneamento básico.
A água não pode mais ser subvalorizada. Se medidas emergenciais não forem implementadas pelo governo e sociedade, a falta de segurança hídrica e gestão da água tende a se tornar um problema crítico que afetará a economia e a biodiversidade. Encontrar soluções para o problema da escassez de água é um dever do governo e da população. Para esse fim, o próximo governador de Goiás precisa colocar em seu rol de governança um projeto, que em sua eficaz praticidade, estabeleça políticas públicas para o acesso à água de qualidade, investimentos em esgotamento sanitário que atenda a demanda da sociedade, proporcionando assim, segurança hídrica e gestão ambiental. É preciso que haja sensibilidade e assim o setor tenha investimentos e as populações melhor qualidade de vida.
(Roberto Hidasi, advogado ambiental. E-mail: robertohidasi@yahoo.com.br)