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OPINIÃO

Jesus e Moisés

Je­sus, em sua rá­pi­da pas­sa­gem so­bre a Ter­ra, pa­ra que fos­se en­ten­di­do pe­los ter­rí­co­las em su­as pré­di­cas, te­ria mes­mo que fa­lar por pa­rá­bo­las.

Di­ri­gin­do-se à mul­ti­dão des­pre­pa­ra­da, de um pla­ne­ta ain­da de pro­vas e ex­pi­a­ções, em fa­se qua­se pri­mi­ti­va, te­ve de bai­xar ao má­xi­mo a sua ina­pre­ci­á­vel di­men­são es­pi­ri­tual. Daí va­ler-se de pa­la­vras, ex­pres­sões e de com­pa­ra­ções as mais sim­ples, que mais se apro­xi­mas­sem dos usos e cos­tu­mes do po­vo he­breu, que, não ob­stan­te sua sin­ge­le­za es­pi­ri­tual, era o po­vo mo­no­te­ís­ta da Ter­ra que es­ta­va em me­lho­res con­di­ções de re­ce­ber e pre­ser­var as pri­mí­cias do pla­no do es­pí­ri­to.

Na 1ª Gran­de Re­ve­la­ção en­vi­a­da por Deus aos ho­mens da Ter­ra, o gran­de pro­fe­ta e le­gis­la­dor, Moi­sés, além dos dez man­da­men­tos, va­leu-se tam­bém de leis dis­ci­pli­na­res, em­bo­ra tran­si­tó­rias, pa­ra que lo­gras­se cum­prir a con­ten­to sua sa­gra­da mis­são.

2 – Quan­to a es­sas leis, Je­sus, ao tra­zer-nos a 2ª Gran­de Re­ve­la­ção, re­vo­gou-as, en­si­nan­do:

“Apren­des­te que foi di­to: olho por olhe e den­te por den­te. – Eu, po­rém vos di­go que não re­sis­tais ao mal que vos quei­ram fa­zer; se al­guém vos ba­ter na fa­ce di­rei­ta, lhe apre­sen­te­is tam­bém a ou­tra;  – e que se al­guém qui­ser plei­te­ar con­tra vós, pa­ra vos to­mar a tú­ni­ca, tam­bém lhe en­tre­gueis o man­to; – e que se al­guém vos obri­gar a ca­mi­nhar mil pas­sos com ele, ca­mi­nheis mais dois mil. – Daí àque­le que vos pe­dir e não re­pi­lais aque­le que vos quei­ra to­mar em­pres­ta­do” (Ma­teus, cap. V, vv. 38 a 42).

“Se so­men­te amar­des os que vos amam, que mé­ri­to se vos re­co­nhe­ce­rá, uma vez que as pes­so­as de má vi­da tam­bém amam os que as amam? – Se o bem so­men­te o fi­zer­des aos que vo-lo fa­zem, que mé­ri­to se vos re­co­nhe­ce­rá, da­do que o mes­mo faz a gen­te de má vi­da?  – Se só em­pres­tar­des àque­le de quem pos­sais es­pe­rar o mes­mo fa­vor, que mé­ri­to se vos re­co­nhe­ce­rá, quan­do as pes­so­as de má vi­da se en­tre­a­ju­dam des­sa ma­nei­ra, pa­ra au­fe­rir a mes­ma van­ta­gem? Pe­lo que vos to­ca, amai os vos­sos ini­mi­gos, fa­zei bem a to­dos e au­xi­li­ai sem es­pe­rar coi­sa glu­ma. En­tão, mui­to gran­de se­rá a vos­sa re­com­pen­sa e se­reis fi­lhos do Al­tís­si­mo, que é bom pa­ra os in­gra­tos e até pa­ra os maus.  – Se­de, pois, chei­os de mi­se­ri­cór­dia, co­mo cheio de mi­se­ri­cór­dia é o vos­so Deus” (Lu­cas, cap. VI, vv. 32 a 36).

3 – E, co­mo ápi­ce de sua gran­de e ma­ra­vi­lho­sa mis­são, Ele, o pró­prio Go­ver­na­dor pla­ne­tá­rio, dig­nou-se, não só em des­cer até nós, nes­se va­le de som­bra e de dor, mas tam­bém le­gar-nos seu Evan­ge­lho de Luz e Paz, apon­tan­do co­mo me­ta es­sen­cial, em nos­sas vi­das, o amor ao pró­xi­mo, as­se­ve­ran­do:

“Di­go-vos que, se a vos­sa jus­ti­ça não for mais abun­dan­te que a dos es­cri­bas e fa­ri­seus, não en­tra­reis no reio dos céus” (Ma­teus, cap. V, v. 20).

(Wei­mar Mu­niz. wei­[email protected])

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