Em relação às críticas sem sentido de Lúcio Flávio, as lideranças do Movimento Nova Ordem têm a dizer que se orgulham de fazer parte de um grupo plural, democrático e aberto a todas as advogadas e advogados que demonstrem comprometimento com a valorização da advocacia, inclusive contando com a participação de muitos que têm cargos na atual gestão e que com ela romperam, e aos que tenham feito parte de antigos grupos como Renovação, Independente e Forte e quaisquer outros.
A Nova Ordem lamenta que Lúcio Flávio acredite que prestigiar a advocacia jovem significa “quebrar a OAB-GO” e repudia com veemência tal postura. A isenção de 3 anos de anuidade para advogadas e advogados em início de carreira não causará impactos nas contas da instituição, mesmo porque será coberta também pelos recursos que hoje são investidos em marketing e publicidade. A Nova Ordem assegura ter estudado detidamente as finanças da Ordem antes de fazer esse compromisso.
Sobre a afirmação de Lúcio Flávio de que se trata de um grupo que ficou no poder por 30 anos, é de se ressaltar que, há 30 anos, Pedro Paulo de Medeiros contava 14 anos de idade, ao passo que o atual vice-presidente de Lúcio Flávio, advogado Thales Jayme foi secretário-geral nos triênios 1998-2000 e 2001-2003. Foi pré-candidato à Presidência da OAB-GO em novembro de 2003 e renunciou poucos dias antes do registro da chapa, assumindo o cargo de conselheiro federal nos triênios 2004-2006 e 2007-2009, sempre pela OAB Forte. Nada menos que 11 anos seguidos na gestão que, segundo Lúcio Flávio “quebrou a OAB-GO”.
Dela também participou, a propósito, o atual tesoureiro da OAB-GO, Roberto Serra, que foi juiz do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da instituição de 2010 à 2015, enquanto o próprio Lúcio Flávio dava aulas na Escola Superior da Advocacia (ESA) da mesma gestão. O atual presidente da ESA, Rafael Lara Martins, por sua vez, integrou diversas comissões da OAB-GO e chegou a conselheiro seccional nas gestões 2013-2015. O secretário-geral, Jacó Coelho, participou ativamente da campanha da OAB Forte em 2012, com o objetivo de conseguir apoio para integrar a lista sêxtupla para desembargador do TJGO pelo quinto constitucional. Estavam todos lá, nas gestões passadas.
Tem mais: a atual conselheira federal de Lúcio Flávio, advogada Valentina Jungmann, foi uma das fundadoras da extinta OAB Forte e chegou a ser vice-presidente da gestão Felicíssimo Sena, no final da década de 90. Também atual conselheiro federal de Lúcio Flávio, advogado Marisvaldo Cortez Amado foi diretor-tesoureiro por dois mandatos, na mesma época, um dos principais fundadores e conselheiro federal da Forte. Semelhante trajetória fez o atual conselheiro federal Marcello Terto e Silva foi conselheiro seccional da Forte em 2010 a 2012 e membro da Comissão da Advocacia Pública nesse período.
Por essas e outras razões, a Nova Ordem entende que a discussão sobre o passado da OAB-GO é infrutífera, sobretudo porque diz respeito a quase todas as lideranças classistas, sejam aquelas que estão na situação, sejam as que estão na oposição. Pedro Paulo, o pré-candidato a presidente pela Nova Ordem, quer debater o futuro da advocacia em Goiás. O que é antigo fica por conta, como se vê, de Lúcio Flávio.
(Rodrigo de Moura Guedes, coordenador geral do Movimento Nova Ordem)