Estamos sobrecarregados de problemas no presente. Entre eles, os relativos à educação, segurança pública, transportes coletivos e saúde.
A educação ministrada hoje peca pela precariedade. Não corresponde ao anseio ansiosamente esperada pelo aluno. No meio rural, então, nem se fala. Os alunos precisam de ensino prático, que o ajude em sua vida do dia a dia. Assim como se vê na Coréia do Sul, país emergente.
Ainda bem que existe no País instituições com o Sebrae, o Senar e dos Clubes 4 S. Esses sim, da iniciativa empresarial privada, atendem à modernidade. Nas escolas públicas a questão ideológica tem que ser deixada de lado. Porque na prática não acrescenta nada de bom. Aliás, ensina a dividir o País em castas.
Na área da segurança pública assistimos no dia a dia a prática crescente do mundo do crime. São as drogas invadindo os lares. As famílias inseguras. O pai de família sai para o trabalho, os filhos vão para a escola, as mães se dirigem aos cultos religiosos... e ninguém sabe se voltam. Tanto podem ser vítimas de furtos ou roubos quanto de agressões, algumas culminando em morte.
Que Brasil é esse? Precisamos dar um freio nisso.
O transporte coletivo não satisfaz. Nos terminais ou nos pontos de ônibus são àquele Deus nos acuda. Estão sempre lotados. As pessoas se sentem no maior desconforto. Isso precisa ser mudado. O metrô torna-se uma necessidade inadiável nas cidades com população mais acentuada.
Na saúde pública também é àquele conflito, àquela dor de cabeça. Ninguém pode adoecer. As cidades goianas – e brasileiras de modo geral – precisam urgentemente de postos de saúde em todos os bairros e vilas. Em São Paulo, o prefeito da Capital esticou o horário dos postos de saúde pela noite toda. Essa decisão contribuiu para remover mais os doentes. Precisamos fazer algo, sobretudo formular medidas de ordem previdenciária. A instalação de redes de esgotos contribui na prevenção da saúde pública.
De olho no futuro
O Brasil para tornar-se um país melhor nos próximos cinquenta anos precisa dispor de um planejamento para que os problemas não sejam aguçados e prejudiquem a sua gente. Energia é uma necessidade básica. O Brasil dispõe de potencial de energia alternativa como poucos no mundo. Entre eles, luminosidade em todas as estações do ano.
A energia solar pode atender tanto nas cidades quanto no meio rural. Praticamente a custos zero. O potencial hidrelétrico é também imenso.
A água já constitui preocupação no presente e a tendência é que se torna aguda nos próximos anos. Além de clamar publicamente por contenção dos recursos hídricos, atentamos no meio rural para a preservação das nascentes. Embora o Brasil disponha do maior potencial hídrico do planeta, com ênfase para a Amazônia Brasileira, esses recursos exigem cuidados quanto à poluição. Toneladas de lixos são jogadas nos rios, córregos e lagoas poluindo as águas e às vida animal ou vegetal existente.
Temos que dispor de condições tecnológicas, disponibilidades financeiras oficiais, apoio jurídico para que o País continue como grande produtor de alimentos. Que atenda o mercado interno e exporte o excedente, contribuindo fortemente como acontece hoje gerando e mantendo toda a cadeia do agronegócio. Desde a porteira nas fazendas, ao escoamento da produção e entrega no varejo; fábrica de tratores e implementos agrícolas e assim por diante.
O meio ambiente precisa ser preservado e respeitado. A população para tanto necessita ser orientada adequadamente sobre o processo de preservação. O lixo, por exemplo, merece cuidados na seleção e no depósito adrede preparado.
A pobreza merece especial atenção em todos os sentidos. A educação e a saúde constituem missão-chave no seu bem-estar. Precisa-se coordenar apoio sócio-educativo para se possível romper esse estágio desumano e triste.
A educação é o alimento mais necessitado para o ser humano, sobretudo quanto ao seu futuro. Do berço à escola, a educação precisa estar presente. Os investimentos governamentais precisam ser ampliados. Talvez, até dobrados conforme o quadro em cada cidade.
A democracia é a porta de entrada e saída da liberdade humana. A democracia precisa ser ensinada nas escolas. O homem sem liberdade é um prisioneiro. Não vai a lugar algum. Por isso, lutamos pela democracia, onde também o voto secreto faz a diferença.
A população se multiplica a cada 50 anos. O Brasil em 1970, quando conquistou o tri no futebol, dispunha de 90 milhões de brasileiros. Hoje, eles ultrapassam a cada dos 200 milhões. Isso significa novos desafios, novos conflitos, que buscam imediata solução. Precisamos estar atentos aos problemas que demandam mais escolas, novos postos de saúde, novos hospitais, mais rede de água e esgotos e por aí vai.
As doenças precisam ser contidas e um amplo trabalho de prevenção contra as novas que surgem.
Enfim, o Brasil até agora, graças a Deus, jamais viveu problema de terrorismo. Nem por isso, pudemos descuidar. O País teve seus mortos na Segunda Grande Guerra. Devemos lutar pela paz, sempre a nossa bandeira. Mas, nossas Forças Armadas precisam estar preparadas.
Enfim, problemas nunca faltam. Portanto, devemos planejar e nos preparar o melhor possível para vencermos os percalços no caminho.
(José Mário Schreiner ou Zé Mário, líder classista)