Existem algumas questões que envolvem a agricultura e que estão sendo discutidas frequentemente pela opinião pública. Com a população mundial crescendo, como produzir mais sem aumentar a área cultivável? Como dar conta dessa demanda de alimentos? Em tempos em que a palavra “sustentabilidade” está em evidência, como fazer com que a agricultura tenha um impacto menor no meio ambiente, usando menos recursos e tendo que lidar com as mudanças climáticas?
A resposta não é uma só. Existe um conjunto de soluções que, integradas, vão nos ajudar (na verdade, já estão ajudando) a melhorar a agricultura em todos os aspectos.
Para começar, trago aqui alguns números sobre a soja Intacta que refletem os resultados do produto nos últimos cinco anos na América do Sul. Segundo estudo feito pela Graham Brookes Consulting, desde a safra 2013/2014, foram plantados 73,6 milhões de hectares da soja Intacta, gerando um ganho de mais de US$ 7,64 bilhões para os produtores, graças à melhor produtividade e custos mais baixos com pesticidas – a redução foi de 10,44 milhões de quilos (-15,1%). A produtividade, em números, citados pelo mesmo estudo, é de 20 milhões de toneladas de soja a mais desde a safra 2013/2014 – ainda considerando somente a América do Sul.
Além dos números de produtividade, o estudo também traz dados sobre a relação dos transgênicos com a sustentabilidade: na safra 2017/2018, por exemplo, seriam necessários 2,2 milhões de hectares a mais caso as áreas plantadas de soja Intacta fossem substituídas pela soja convencional (não-transgênica) – cerca de 14 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Imagina se precisássemos expandir esse tanto de terras cultiváveis para aumentar a produção?
A adoção da biotecnologia tem ajudado a diminuir o desmatamento, preservando florestas. E isso tem um impacto ambiental gigante: você sabia, por exemplo, que a média de emissão de dióxido de carbono gerado pelo desmatamento na Amazônia é estimada entre 301 ton/ha e 499 ton/ha?
Diminuir o uso de pesticidas também ajuda a tornar a agricultura mais sustentável. Diminuir a aplicação de defensivos significa utilizar menos maquinários, o que significa redução no uso de combustível e consequentemente menor emissão de gases. Na safra 2017/2018, essa queda pode ser comparada com a remoção de 3,3 milhões de carros das estradas, um pouco menos da metade da quantidade de carros em São Paulo.
Avaliar todas essas questões faz parte dos esforços para termos uma agricultura moderna, sustentável e adaptada às necessidades de evolução no nosso planeta. Sustentabilidade envolve preocupação com a quantidade de alimentos a serem produzidos para atender a população em alto crescimento, promovendo menos desmatamento e mais cuidados com nosso futuro.
(Maria Luiza Nachreiner, Líder de Negócios de Soja e Algodão da Bayer para América do Sul)