Atuamos em Silvânia, neste ano, em segmentos muito especiais, onde várias vertentes da cultura, da história e do turismo têm sido fomentadas e apoiadas, o que nos torna diferentes de muitos municípios que não veem a sua grande importância.
Em momentos de crise não adianta chorar e estagnar, precisamos de seguir em frente e procurar criatividade e união, para fomentar diversos setores de nossa economia. Se ficarmos inertes, apenas esperando as benesses e recursos estaduais e federais, estaremos fadados ao insucesso. É preciso ousar e buscar alternativas para o desenvolvimento, tornando-nos sociedades criativas.
Há vários anos buscamos empreender o Trem da Cultura, com partida em Senador Canedo e chegada em Catalão, passando por Bonfinópolis, Leopoldo de Bulhões, Silvânia, Orizona, Cumari, Pires do Rio, Ipameri. Muitas dessas cidades têm suas estações revitalizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan).
Criamos o Consórcio Intermunicipal em 2017, realizamos diversos encontros e hoje já possuímos 08 municípios filiados; e 10 estão em fase de adesão. Sem esse engajamento e parceria, dificilmente teríamos avançado tanto. O desânimo e a descrença de poucos não foram capazes de abalar nossa determinação. Hoje, temos a parte burocrática resolvida, como a autorização do uso da linha férrea pela VLI e até mesmo os vagões para implantação do tão sonhado projeto. Para chegarmos a este ponto, contamos, ao seu tempo, com o incondicional apoio do ex-secretário de Estado José Taveira e da senadora Lúcia Vânia, e por isso lhes rendemos preitos de gratidão.
Precisamos de preparar nossa cidade para o recebimento dos turistas. Estamos, em Silvânia, terminando a revitalização das principais praças e trabalhando para as reformas da igreja de Nosso Senhor do Bonfim e do Museu de Arte Sacra, enquanto cuidamos, também, do Projetos Casarões, com o propósito de revitalizar casarões coloniais, com a aquisição e permuta. A igreja de São Sebastião foi recentemente reformada pelo governo estadual. Ajudamos na implantação da pista de ciclismo, com mais de 30 km na Floresta Nacional (Flona), e temos o nosso Museu Ferroviário e diversos outros investimentos, que ainda virão.
Pensando em auxiliar os municípios vizinhos e aumentar nosso conhecimento, realizaremos, de 6 a 8 de dezembro, com a coordenação do Centro de Referência em Economia Solidária e Criativa (CREARES), o III Fórum Internacional de Cidades Criativas, buscando a interação do cidadão com a cidade, focando em seu desenvolvimento orgânico e sustentável.
Nesses três dias teremos diversas oficinas, debates, apresentações artísticas, palestras com renomados nomes do Brasil e do exterior, trazendo o conceito de cidades criativas e apresentando a economia criativa, que é um segmento de futuro.
O inglês Charles Landry, criador do termo “cidade criativa” e autor de “A arte de fazer cidades” (The Art of City Making), define cidade criativa como um lugar onde as pessoas podem se expressar e crescer, e onde o poder de decisão e planejamento são compartilhados entre os cidadãos.
Apesar de o conceito de cidade criativa ter se originado com o impulso da indústria ou da economia criativa, ele não se pauta somente na economia e, para seu desenvolvimento, o ponto chave são os recursos culturais. A capacidade criativa de um local depende de sua história, cultura, forma e condições operacionais, formando um conjunto que define o caráter da cidade. Recursos culturais como a linguagem, a gastronomia, as opções ou preferências de lazer e as tradições estabelecidas formam o background criativo que particulariza cada espaço urbano.
É o que estaremos buscando nessa convergência de cidades, apoio popular e união em torno de objetivos em comum.
Ao final, enaltecemos a criação da Academia de Letras, Artes e História de Silvânia (ALAHS), nascida pela determinação de vários silvanienses, com destaque para os nomes de todos os membros nas pessoas dos imortais Geraldo Coelho Vaz, Valdir Rosa, Edmar Camilo Cotrim e Rubens Vieira, além do incondicional apoio da Academia Goiana de Letras (AGL), que foi a grande incentivadora do nascimento desta Academia, no último dia 28 de setembro.
Nela, temos os respectivos patronos e membros: Patrono Abel Ribeiro Camelo, Membro Thiago Vieira; Patrono Altamiro de Moura Pacheco, Membro Rubens Vieira da Silva; Patrono Antônio Amaro da Silva Canedo (Senador Canedo), Membro Antônio Pires; Patrono Antônio Americano do Brasil, Membro Gessilma de Souza e Silva; Patrono Antônio Eusébio de Abreu Júnior (Nico Eusébio), Membro Cida Sanches; Patrono Antônio Pireneus de Sousa (Cel. Pireneus), Membro Valdir Antônio Rosa; Patrono Antônio Ribeiro de Oliveira (Dom Antônio), Membro Leonice Correa; Patrono Braz Abrantes, Membro Gustavo Faria Pereira; Patrono Cleto Caliman, Membro Vassil José de Oliveira; Patrono Emanuel Gomes de Oliveira, Membro Denival Francisco da Silva; Patrono Francisco José da Silva, Membro Hilda Dutra; Patrono Getúlio Silva, Membro Cleverlan do Vale; Patrono Glicério Coelho, Membro Coelho Vaz; Patrono Herculano Sebastião de Siqueira, Membro Olívio Lemos; Patrono Humberto Crispim Borges, Membro Carmelino Peixoto dos Santos; Patrono Issy Quinan, Membro Elson Gonçalves de Oliveira; Patrono Ivo de Paiva Lenza, Membro Carmem Silva; Patrono Januário Goulart, Membro Salomão Sousa; Patrono João Correa Canedo, Membro Geraldo Magela; Patrono José Paschoal da Silva, Membro Natalino César; Patrono Juliana Maria do Nascimento Passos, Membro Edmar Cotrim; Patrono Leandro Caliman, Membro MárciaGentil; Patrono Oswaldo Sérgio Lobo, Membro Luzo Gonçalves dos Santos; Patrono Vicente Miguel da Silva Neto, Membro Antônio Gomes (Toninho); Patrono Zilda Caetano do Nascimento, Membro Alessandra Nascimento; outros 04 Patronos serão preenchidos, totalizando 30 cadeiras: Aldair da Silveira Aires; Francisco Miguel da Silva Neto; Henrique Silva e José Sêneca Lobo.
Estamos felizes e otimistas com todos estes resultados consumados no investimento em nossa cultura e na busca incansável de fomento ao turismo em nossa região, agregando este novo nicho econômico às nossas riquezas centradas no agronegócio.
(José da Silva Faleiro, prefeito municipal de Silvânia)