SpaceX e Boeing brincando de “pique”?
Diário da Manhã
Publicado em 15 de outubro de 2018 às 23:57 | Atualizado há 7 anos
Eu tento, tento mesmo, é verdade, é a pura verdade, tento, mas, não consigo, aliás, nunca consegui fazer jus ao título no primeiro parágrafo, afinal, o misericordioso leitor, que me acompanha, aliás, que me tolera, sabe que, muito antes de se falar nas tais de “fake news”, notícias mentirosas, falsas notícias, sempre inicio os artigos aliás, melhor, sempre utilizo o primeiro parágrafo para “dar uma de bom”, como brincam os amigos, sim, fico repetindo que não minto, que comigo é só a verdade, nada além da verdade e, que, quando, inadvertidamente, profiro algo “um milímetro” fora do prumo, daquilo que acredito ser verdadeiro, se estiver conversando com alguém peço-lhe, imediatamente, desculpas, para, logo, em seguida, corrigir-me, enfim, já afirmei aqui, que mentir num artigo, ou num texto, numa postagem que, provavelmente será lida por dezenas, centenas, até milhares de pessoas, não é um pecado é uma blasfêmia, um sacrilégio e, é por isto que eu fico me gabando, depois do advento da tal epidemia de falsidades, principalmente para aqueles que ficavam me criticando, menosprezando, ridicularizando, dizendo que eu fico enfatizando coisas óbvias, que eu sou retórico, enrolador, que eu fico enchendo linguiça, em cima do muro, politicamente – e, por falar nisso, gostaria que o misericordioso leitor lesse o artigo publicado sexta-feira, “Capitão ou capetão? Porcos comendo porcos?” – olha, já vou adiantando que o trocadilho é apenas uma brincadeira, não tenho nada, nem contra aquele direitista, que alcunhei de “Sr. JB”, nem do esquerdista, que alcunhei de “Sr. FH”, sim, eu sei, e muito bem, o sociólogo, ex-presidente, talvez fique um pouco magoado, mas, ele é meu xará, vai me perdoar, então, voltando, não escondo, absolutamente nada que considere significativo dos leitores deste matutino vanguardista e, bem, neste momento, e é sempre no término do primeiro parágrafo, lembro que os mestres ensinam que parágrafos longos, extensos, afugentam leitores eventuais e isto, lógico, o escrevinhador não quer e, portanto, finalizo este para, no próximo, no derradeiro, tentar, finalmente, fazer jus ao título. Ei-lo:
Em agosto, no artigo “Parker, Há, Faraó, Moisés e Jesus Cristo”, comentei sobre a “Parker Solar Probe”, uma “sonda” lançada dia “12” de agosto, após duas protelações, que é o objeto mais veloz construído, lógico, pelo homem, em toda a história da “Desumanidade”: 700.000 quilómetros por hora – Tóquio à Nova York em 1 minuto! – ora, fico pensando, quantos milhões de quilômetros ela percorreu, nestes dois meses! Dará seis voltas no planeta Vênus e será arremessada, com a “ajuda” gravitacional daquele planeta, para o seu destino final, a estrela Sol, aonde orbitará vinte e quatro vezes e, embora a temperatura externa derreta chumbo, dentro da nave os equipamentos funcionarão sob a temperatura de menos de trinta graus, bem, nesta missão os cientistas “virão de perto” os ventos solares, que provocam significativas oscilações climáticas no nosso planeta, talvez compreenderão a razão da superfície do Sol ser menos quente que a sua “estratosfera” e outras coisinhas mais, mas, olha só, fiquei com pouco espaço para escrevinhar sobre a corrida espacial, apelidada de “pique-bandeira”, ou seja, a empresa SpaceX e a Boeing concorrem para chegar primeiro à Estação Espacial Internacional (IIS), e, entre inúmeras missões, resgatarão uma bandeira “estadunidense” – volto a repetir: os canadenses e mexicanos também são norte-americanos – deixada lá em 2011, no último voo da Atlantis, por isso a alcunha “pique-bandeira” então, simplificando, a “Nasa” terceirizou, deixou para o setor privado os custos, vende os lugares, nas capsulas, a peso de ouro. A SpaceX está ganhando no momento. A cápsula “Dragon” já está no Cabo Canaveral sendo preparada para o voo no mês de abril, mês de nascimento deste escrevinhador e da sua caçulinha de dez anos, a Sophia Penellopy que, volta-e-meia, diz que vai ser engenheira. Como será que está batendo os corações dos astronautas Bob Behnken e Doug Hurley? Até.
(Henrique Gonçalves Dias, jornalista)