Me ajuda muito entender psiquiatricamente os tipos de personalidade com os quais a gente lida no dia-a-dia.
(A) Tem os “fracos-fracos”, que são aquelas pessoas humildes, que não importam de serem mandadas, dão mais valor às “pequenas relações do dia-a-dia” do que às considerações de poder.
(B) Há os “fracos-fortes”, estão entre os mais difíceis, pois têm inveja dos mais fortes; eles são fracos mas querem ser fortes, e não querem ser dominados de jeito nenhum; têm um problema sério com o “medo de serem dominados”, “terem de mostrar sua fraqueza”.
(C) Os “fortes-fortes” também são muito difíceis, pois querem usar de força, carisma, poder, dinheiro, talento, para mandar nos outros, utilizarem-se dos outros.
(D) E há os “fortes-fracos”, que são os que são fortes mas que querem se fazer de fracos, humildes, serviçais, para ajudar os outros.
O Brasil de hoje assiste uma parcela de “fracos-fracos” que tomou consciência de si, se tornaram “fracos-fortes”, querem “lutar para não serem dominados” por alguém que eles julgam ser um “forte-forte”, por exemplo, o “ditador genocida Bolsonaro”.
Há vários grupos que não toleram inconscientemente as próprias “fraquezas”, e precisam “lutar contra o inimigo forte” para se sentirem fortes: jovens, intelectuais, feminismo, gayzismo, coitadismo, anti-racismo, anti-preconceitualismo, etc.
Cada grupo tem seus motivos para ser “anti-fortes-fortes”: por exemplo, os jovens, por causa dos hormônios, querem lutar contra o pai. Intelectuais , que não conseguem ser empreendedores ,ou têm preguiça, comodismo, querem “exercer seu poder intelectual – sentirem-se poderosos - para moldar o mundo no socialismo-igualitarismo”. Mulheres que se sentem dominadas, abandonadas, diminuídas, insuficientes em determinadas áreas da lógica-matemática-dominação material do mundo- engenharia do mundo. Pessoas que sentem que o seu exercício do prazer, dos instintos, está sendo bloqueado pela “moral”, pela “religião”, pelo “pai”. Outros que estão diminuídos intelectualmente ou fisicamente , consequentemente sócio-economicamente, e não aceitam isso, projetam a revolta sobre os fortes
O que esse grupo “fraco-forte” tem em comum é não enxergam que estão sendo dominados , não pelo “ditador genocida”, mas sim por outro tipo de forte-forte, que são todos aqueles que ainda querem o Estado como instrumento de dominação e benesses: mídia, políticos, grande parcela dos Altos Funcionários do Estado, p.ex., Judiciário, Ministério Público, Militares, Altos Empresários, etc. Muitos desses trabalham o tempo todo bombardeando de manipulação os fracos-fracos, e sobretudo os “fracos-fortes”, para “provar” que Bolsonaro os quer dominar.
Utilizam-se das fraquezas do “ditador genocida” para desconstruí-lo: viveu dentro do Estado, inclusive com possíveis rachadinhas, tem veia estatizante, é muito assertivo\explosivo e pouco “boca-de-veludo”, etc. Não conseguem notar que, mesmo “estatizante” , o capitão ditador genocida é muito mais sincero e menos estatizante\dominador do que os outros “fortes-fortes” que os dominam.
São hipnotizados pelas promessas dos fortes-fortes que lhes “querem devolver o Estado”, este “instrumento de igualdade entre as pessoas” ( tentam enganar os fracos-fracos e os fracos-fortes de que o Estado é que os irá tirar da fraqueza).