Home / Opinião

OPINIÃO

63 anos depois, uma nova Emater

A história da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) caminha lado a lado com a trajetória do desenvolvimento agropecuário de Goiás. Atenta à vocação agrícola do Estado, a instituição consolidou as bases para que Goiás se estabelecesse e se fortalecesse enquanto expoente mundial na produção de alimentos.

Esse percurso começou lá em 1959, quando a entidade foi fundada como Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado de Goiás (Acar Goiás). Tinha início ali a implantação do serviço de extensão rural no Estado, com objetivo de contribuir para o desenvolvimento econômico e social do setor.

Naquele mesmo ano, os primeiros escritórios locais foram implantados em diversos municípios. As cidades de Ceres e Jaraguá foram pioneiras na época, pavimentando a via para que a Emater se tornasse conhecida pela sua capilaridade, com unidades em todas as regiões de Goiás.

Ao longo das últimas seis décadas, muita coisa mudou e a entidade passou por uma série de reconfigurações. Hoje, 3 de março, completam-se 63 anos dessa jornada, com a Emater ocupando um lugar nunca antes visto em sua história.

Desde 2019, o Governo de Goiás executa ações para que a agência pudesse hoje retomar seu protagonismo no cenário agropecuário, não somente estadual, mas do País. Em apenas três anos, a atual gestão concluiu entregas cruciais para revitalizar a estrutura da Emater, que culminaram em fevereiro último com a inauguração do novo Centro de Tecnologia e Capacitação (Centrer).

O Centrer é a escola do agricultor familiar goiano, uma das seções-chaves inseridas no Complexo de Inovação Rural, onde está localizada a sede da Emater, em Goiânia. Com obras retomadas pela presente administração estadual, o complexo inclui ainda uma rede de laboratórios, a Agroindústria Escola e a Estação Experimental Nativas do Cerrado.

O Complexo de Inovação Rural, que teve investimento de mais de R$ 18 milhões, foi inaugurado pelo governador Ronaldo Caiado em julho de 2020. A estrutura é pioneira entre as instituições de assistência técnica pública do País, já que integra, em uma mesma área, unidades administrativas e centros especializados de pesquisa e qualificação agropecuárias.

Voltando ao Centrer, o pavilhão foi o último a ser finalizado dentro deste ciclo de reestruturação. O centro, que sempre se caracterizou como um projeto vanguardista de capacitação aos profissionais do agro em Goiás, conta agora com salas de aula modernas, refeitório e 32 apartamentos com três camas cada, totalizando 96 vagas para o alojamento dos participantes de cursos e oficinas intensivas.

Além disso, foi inaugurada também a Biblioteca “Pedro Português”, que leva esse nome em homenagem ao pesquisador Pedro Manuel Figueira de Oliveira Monteiro, que foi servidor da Emater e dedicou sua vida profissional à sociedade. O acervo reúne mais de 20 mil volumes, entre livros, periódicos, folhetos, teses, apresentações em congressos, mapas e cartografia histórica de Goiás.

Todas essas edificações foram construídas pensando no agricultor familiar e nos envolvidos pelas cadeias produtivas do setor. Mas não somente esses segmentos são beneficiados. As conquistas se pulverizam por todas as partes, provocando uma reação em cadeia que alcança esferas econômicas e sociais. Se o Centrer, como disse, é a escola do agricultor familiar, a Emater é a casa do cidadão goiano.

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias