As serpentes voadoras, o Marcelinho da “Ondéabrecha”, tudo sem a mínima modéstia
Diário da Manhã
Publicado em 10 de junho de 2017 às 02:20 | Atualizado há 8 anos
O título seria: “Mais um recadinho para os taizinhos” e, eles, quando souberem disso, ainda mais depois de lerem o último parágrafo, quando deixo a modéstia de lado, fazendo jus ao título, tipo o “modéstia às favas”, utilizado, quinta-feira, por um membro, na ocasião presidindo a corte, dum tribunal superior desnecessário, olha aí, olha aí, dirão, certamente, que eu continuo o mesmo, um sujeitinho sem graça, sem escrúpulos, retórico, repetitivo e, lógico, longe de mim questioná-los, entretanto, “cada um cada um”, como dizem por aí, mas, temo que as editoras e, pior, alguns dos misericordiosos leitores assíduos, estejam com o sa…, ou melhor, enfadados com o tema, também, pudera, volta-e-meia apareço, por aqui, com a mesma lenga-lenga, insistindo, repetindo, dirigindo-me aos tais “taizinhos”, parece até um mantra: “não minto, não minto, não minto”. Se fosse eu, lendo isso, se o autor não se explicasse direitinho, provavelmente, ou, melhor, certamente, eu pensaria: grande mer…, quer dizer, grande coisa, esse metido, a engraçadinho, não faz mais do que a sua obrigação, afinal, é uma ordem, um mandamento do maior de todos os profetas, Jesus Cristo – o único, até então, que curou um cego de nascença e, para tanto, misturou a sua saliva com terra, depois, pegou o, como dizer… vou ter que colocar entre aspas: pegou o “barro” e cobriu os olhos do pobre homem, ordenando-lhe que fosse lavar-se em uma determinada nascente, ou seja, retirar o “curativo”, o “barro” com uma determinada água. O misericordioso leitor já imaginou as gargalhadas da turma dos “contra”, especialmente dos fariseus e saduceus, que o Mestre “vivia” chamando de hipócritas, então, como eles riram e gargalharam da cena. Teriam dito: “Isto o blasfemador não faz, ninguém curou um cego de nascença. Ele deixou o cara mais cego ainda!”. Lógico que o homem foi curado, para o espanto de todos e, é sempre bom mencionar, tudo que eu narrei, aqui, está na Bíblia e, pelo amor de Deus, de Jeová, de Alá, quando escrevo, ou falo sobre Jesus Cristo – e parece que é o tempo todo, como dizem alguns “taizinhos”: “não para de falar” – não estou querendo desmerecer os profetas Elias, Habacuque, João Batista, Maomé, fico insistindo, sobre a verdade, porque o Mestre também o fez, inúmeras vezes, incessantemente e, devemos ser os seus seguidores, Ele usou, certa vez, “imitadores”, ou não? Aliás, o “Filho do Homem” foi além, muito além, quando disse que Ele era a Verdade. Não respondeu para Pilatos – afinal, ele, como muitos, atualmente, estaria despreparado para compreender o amor, quanto mais a verdade – mas, respondeu para todos nós quando afirmou: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, mas, infelizmente os “taizinhos”, aqueles que lustram as suas caras-de-pau com óleos de peroba refinadíssimos, até frequentam missas e cultos, fazendo o sinal da cruz, ou, gritando aleluia, alguns, até apresentam-se como “doutores”, com cartões de bordas douradas, sem a mínima capacidade intelectual, sequer, para um mestrado, resumindo, mentir, para eles, é a coisa mais natural, banal do mundo, é como respirar e, uma estratégia para viver, é por isso que eu vivo repetindo o tema, não é querendo me desculpar, mas, como já “falei”, por aqui, zilhões de vezes, tenho um compromisso com a verdade e com o misericordioso leitor, não consigo omitir algo significativo, mesmo que seja particular, mesmo que continuem dizendo que eu “lavo roupa suja fora de casa”, mesmo assim, vou partilhar, aqui, agora, sem câimbras na língua, como diziam, sem modéstia, um “recadinho” para eles, os tais “taizinhos”. Ei-lo:
Senhores “taizinhos”, prestem, mais que a devida atenção, para pararem de procurar chifre na cabeça de cavalo nas entrelinhas do que escrevo. Vocês sabem, muito bem, que foi publicado, aqui, neste matutino vanguardista, no mês “passado”, o artigo sob o título: “A Polícia Federal, a telepatia e o carimbo nas carnes fracas”. Lá, eu “brinquei” – afinal, não posso ser processado – que, um tal de Marcelinho, dono da multinacional “Ondéabrecha” – esclareço que qualquer similaridade com a outra empresa, não foi coincidência – comandava – ou comanda, sei lá, talvez, telepaticamente – daí o título – o seu exército de “taizinhos”, corruptos e corruptores, nos escalões dos três poderes e na elite podre do setor privado, aliás, está registrado, na segunda página da Bíblia, que foi com uma mentira, “muito sofisticada”, que o anjo mais luminoso de Deus, Lúcifer – “luz-se-fez”, encarregado de cuidar das criaturas mais caras para Deus – “incorporado” numa serpente enganou Eva que, por sua vez, “enganou” Adão, fazendo, os dois trouxas, serem expulsos do Jardim do Éden e, coitada, ou, coitado, não sei se era macho ou femea, mas, sobrou até para a serpente que, perdendo as asas, tem que se arrastar, serpentear, até hoje, para locomover-se – o fato das serpentes botarem ovos seria uma comprovação do relato, aliás, se estes bichos voassem, teriam dominado o planeta, o misericordioso leitor já imaginou uma jibóia, ou, uma sucuri, com toda a força que estes seres têm, voando… boa idéia para um conto infantil! – enfim, Lúcifer foi alcunhado, por Deus, de Diabo, que significa “pai da mentira”, tornando-se assim, lógico, o maior inimigo de Deus. Esta história fantástica está lá, nas primeiras páginas da Bíblia, nos capítulos 2 e 3 de Gênesis, então, continuarei com, o tal “recadinho”, para os tais “taizinhos”, no próximo parágrafo, afinal, parágrafos extensos, afugentam leitores eventuais, então, ei-lo:
Senhores “taizinhos”, continuanando, parem de ler nas entrelinhas das minhas linhas. Posso, até, ser insuportavelmente retórico, rebuscado, repleto de circunlóquios truncados, mas, modéstia à parte, além do fato de muita gente não concordar com vocês, recebo críticas desde quando eu usava calças curtas, dos editores consagrados, com quem trabalhei, entre eles, o saudoso Luciano Lepera, quando editor do “Diário da Manhã” de Ribeirão Preto; do Orestes Lopes, do “A Cidade”, até hoje o jornal mais lido de Ribeirão Preto; da Consuelo Nasser – que foi a minha maior incentivadora, em Goiás, para que eu, após 20 anos de ostracismo, retornasse para a imprensa. Ela foi editora do precursor deste matutino vanguardista e mãe do fundador o, também, saudoso jornalista Fábio Nasser; do Bóris Casoy, hoje no “SBT”. Pouca gente sabe, mas, no final da década de 70 e princípio da 80, foi editor da “Folha de São Paulo” – na época da ditadura militar institucional, porque o congresso funcionou, mas, jornalistas “desapareciam” nas faculdades de medicina – os meus “selfs” estão clamando alto: Chega Henrique!; do filósofo francês Gérard Lebrun, num debate sobre o seu artigo “Chega de Watergate”, sobre um dos escândalos mais espetaculares da história estadunidense, até o presidente Richard Nixon dançou, debate sobre ética na política, publicado no Caderno Cultural do “Jornal da Tarde”, de São Paulo, aonde, “modéstia às favas”, fui elogiado pelo intelectual. Henrique, agora chega, mesmo! Então, até.
(Henrique Dias, jornalista)