Bela, recatada e do lar?
Diário da Manhã
Publicado em 5 de maio de 2016 às 01:11 | Atualizado há 9 anos
Ser “bela, recatada e do lar”, termos utilizados por uma revista para traçar o perfil de Marcela Temer, a “quase” primeira dama do Brasil. Expressão esta que revolucionou as redes sociais e cabeça da mulherada nos últimos dias.
A reação foi imediata da nação feminina, indignadas com o que se caracterizaria uma sujeição ao universo masculino. É necessário pôr fim ao machismo e a vaidade masculina, intolerável diga-se de passagem.
Nós mulheres nos contrapomos a realidade “Bela, recatada e do lar”, afinal, somos mulheres revigoradas e atuais, guerreiras, lutamos dia a dia no trabalho, em casa e com a família e nos diversos setores.
Antigamente a mulher tinha seus direitos negados, sem ter o direito do voto em eleições, não tinham o direito à liberdade, para sair de casa era preciso ser acompanhada pelo o marido ou o pai, e era vista como mulher que servia apenas para cuidar de casa, dos filhos e do marido.
Era uma aceitação dependente do homem. Mas no século XXI, as mulheres conquistaram seus direitos, depois de muita luta, hoje temos o mesmo direito dos homens, durante esse século vemos cada vez mais mulheres dominantes na sociedade.
Hoje representamos a luta de mulheres que fizeram protestos contra esse preconceito, desde a revolução industrial.
Hoje nós mulheres trabalhamos com igualdade, mas nota-se um pequeno nível de desigualdade pelos salários e as jornadas excessiva no trabalho e falta de reconhecimento e quase sempre um tal machismo.
Apesar do avanço que nós mulheres tivemos, ainda não conquistamos uma posição real de igualdade. Isso conta também a violência física e verbal contra a mulher. Muito foi conquistado, mas há muito para melhorar.
Estamos caminhando, avançando, precisamos ocupar o espaço merecido de nós mulheres, mães, dedicadas, alegres, resolvidas, determinadas, corajosas, mais macho que muito homem por aí…
(Lorena Ayres, advogada, articulista e comendadora)