Opinião

Eleições presidenciais no Brasil

Diário da Manhã

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 03:38 | Atualizado há 7 anos

No pró­xi­mo 15 de no­vem­bro, a Re­pú­bli­ca Fe­de­ra­ti­va do Bra­sil, ba­ti­za­da, quan­do nas­ceu, de  Re­pú­bli­ca dos Es­ta­dos Uni­dos do Bra­sil, fa­rá 129 anos. Hou­ve, nes­sa tra­je­tó­ria, 22 elei­ções di­re­tas pa­ra a Pre­si­dên­cia: 1894, 1898, 1902,1906, 1910,1914, 1918, 1919, 1922, 1926, 1930, 1945, 1950,1955,1960, 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014. Em 1894 ga­nha­ram Pru­den­te de Mo­ra­es pa­ra pre­si­den­te e Ma­nu­el Vi­to­ri­no pa­ra vi­ce-pre­si­den­te; em 1898, Cam­pos Sa­les e Ro­sa e Sil­va, res­pe­ti­va­men­te, pa­ra es­ses pos­tos. Dois Fran­cis­cos o fi­ze­ram em 1902: Fran­cis­co de Pau­la Ro­dri­gues Al­ves e Fran­cis­co Sil­vi­a­no de Al­mei­da Bran­dão. Su­as pos­ses se da­ri­am a  15 de no­vem­bro des­se mes­mo ano, mas dia 24 ou 25, por aí, de se­tem­bro, Al­mei­da Bran­dão se de­sen­car­nou. Di­go que se de­sen­car­nou por­que era es­pí­ri­ta e, por­tan­to, as­sim acre­di­ta­va. Pa­ra seu lu­gar se es­co­lheu, não sei se pe­lo Con­gres­so Na­ci­o­nal ou pe­lo po­vo, Afon­so Pe­na. Em 1906, a cha­pa Afon­so Pe­na-Ni­lo Pe­ça­nha tri­u­nou pa­ra o qua­tri­ê­nio 15.11.1906 a 15.11.1910, po­rém, dia 9.6.1909, fa­le­ceu Afon­so,su­biu o Ni­lo, o pri­mei­ro ne­gro a go­ver­nar o Bra­sil. Ni­lo foi su­ce­di­do por Her­mes da Fon­se­ca, un­gi­do em 1910.Ven­ces­lau Braz, vi­ce-pre­si­den­te es­co­lhi­do em 1910, ga­nhou a Pre­si­dên­cia em 1914. Vi­ce-pre­si­den­te na cha­pa do Ven­ces­lau, Ur­ba­no Araú­jo. Em 1918, o tri­un­fo cou­be, mais uma vez, a Ro­dri­gues Al­ves, mas acon­te­ceu com ele o que, em 1985, acon­te­ceu com Tan­cre­do. O sar­ney(com ini­ci­al mi­nús­cu­la por ser, no ca­so, ad­je­ti­vo) da­que­le mo­men­to foi Del­fim Mo­rei­ra, que  tam­bém es­ta­va en­fer­mo. En­tão se ele­geu Epi­tá­cio Pes­soa, em 1919, que com­ple­tou o pe­rí­o­do. Com a pos­se do Epi­tá­cio, Del­fim ocu­pou a fun­ção pa­ra a qual se ele­ge­ra, ou se­ja, vi­ce-pre­si­den­te, po­rém a mor­te o le­vou an­tes de com­ple­tar o pe­rí­o­do, e a sua va­ga foi ocu­pa­da por  Fran­cis­co Ál­va­ro Bu­e­no de Pai­va, que aten­deu o res­to do qua­tri­ê­nio. No ano de 1922 se ele­ge­ram Ar­tur Ber­nar­des pa­ra pre­si­den­te e Ur­ba­no Araú­jo, que fo­ra vi­ce-pre­si­den­te na épo­ca do Ven­ces­lau, tri­un­fou no­va­men­te a es­se pos­to, con­tu­do, pe­re­ceu an­tes de as­su­mi-lo. Es­tá­cio Coim­bra foi un­gi­do pa­ra sua ca­dei­ra.   1926, ga­nha­ram Was­hing­ton Lu­ís e Fer­nan­do de Me­lo Vi­a­na, der­ru­ba­dos dia 24.10.1930 de­pois de co­me­mo­ra­rem a vi­tó­ria dos seus can­di­da­tos que iri­am lhes su­ce­der, Jú­lio Pres­tes e Vi­tal So­a­res. Com a der­ru­ba­da do Was­hing­ton Lu­is e do Me­lo Vi­a­na, uma jun­ta mi­li­tar to­mou as ré­de­as do pa­ís e as trans­fe­riu pa­ra Ge­tú­lio Var­gas no dia 3.11.1930.  No­va elei­ção di­re­ta pa­ra a Pre­si­dên­cia, so­men­te no dia 2.12.1945.  Foi quan­do tri­un­fou Gas­par Du­tra. Vi­ce-pre­si­den­te foi es­co­lhi­do de­pois, pe­lo pro­ces­so in­di­re­to. Seu no­me: Ne­reu Ra­mos. 1950, vol­tou Ge­tú­lio(vi­ce-pre­si­den­te, Ca­fé Fi­lho). 1955, o po­vo pre­fe­riu a cha­pa Jus­ce­li­no e Jo­ão Gou­lart. Em 1960 ga­nha­ram Jâ­nio e Jo­ão Gou­lart, o Jan­go(es­te, re­e­lei­to). Vi­e­ram a re­nún­cia do Jâ­nio, a cri­se em tor­no da pos­se do Jan­go, o gol­pe de 64. Fi­nal­men­te, em 1989, o po­vo re­tor­nou às ur­nas pa­ra es­co­lher seu pre­si­den­te e seu vi­ce-pre­si­den­te. Ga­nhou a cha­pa Col­lor-Ita­mar Fran­co. Fer­nan­do Hen­ri­que( Mar­co Ma­ci­el, vi­ce) em 1994 e 1998; Lu­la( Jo­sé Alen­car, vi­ce), 2002 e 2006. Dil­ma(Te­mer, vi­ce), 2010 e 2014.

 

(Fi­la­del­fo Bor­ges de Li­ma. fi­la­del­fo­bor­ges­de­li­[email protected])


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