Novamente: “Sobre a vagabunda, novamente!”
Diário da Manhã
Publicado em 2 de março de 2016 às 23:31 | Atualizado há 9 anosAntes de começar pergunto se o misericordioso leitor “já parou para reparar” que no nosso dinheiro, no “real”, aparece estampada uma mulher com uma “coroa? Também é cunhada nas moedas de 1 real, “na real” e, como o seu nome não aparece – esquisito né? – muitos dizem que seria a “Princesa Isabel”, outros, a “presidenta” Dilma Rousseff, ou a “Estátua da Liberdade”, mas, a imensa maioria – e bota imensa nisso – diz que não sabe e “nunca reparou” na esfinge da talzinha. Ela é muito mais antiga que o Brasil e quando esta libidinosa fez as suas maldades – entre tantas tomou como amante o próprio filho convencendo-o de ajuda-la a assassinar o pai – as Américas nem haviam sido “descobertas”, então, pelo amor de tudo quanto é sagrado e puro, pelo amor à verdade eu pergunto: por que raios e diabos essa maldita imperatriz incestuosa, assassina e “idólatra” está “ali” e, pior, muito pior, aliás, muito pior não, um absurdo sem medidas, um vitupério à religiosidade cristã dos católicos, espíritas e evangélicos e diversas outras religiões e é, pode-se dizer sem risco nenhum de errar, que um “símbolo” tão manuseado, tão almejado, contendo tanto poder e sincronizando milhões de existências, tem em si, até por ser o lastro de tudo e, segundo as cartas paulinas, a “raiz de todo o mal”, uma, digamos, “energia especial” e qualquer um, até uma criança, pode aquilatar o absurdo de estarmos trocando “santinhos” sem saber o nome da “candidata”… – ou seja: os brasileiros, a imensa maioria, doutores, professores de história, empresários, palestrantes, pessoas que trabalham “dia e noite” com dinheiro, na gerência ou nos guichês ou “caixas”, funcionários de empresas de câmbio, enfim, por incrível que pareça, quando pesquisei este “fato”, ou seja, passei a “entrevistar” pessoas de todas as idades, classes sociais, tanto aqui como em Goiânia, também fiquei assombrado por “ninguém saber” quem é a talzinha, a “vagabunda de pau oco”, mas, qual seria a razão de tanto mistério e, por que o Brasil é o único país do mundo a insistir com essa merda de estampá-la no dinheiro? Portugal e França retiraram-na das suas notas já faz tempo. Eu falei e volto a repetir que, enquanto tiver forças e “vistas”, vou insistir nesse assunto e, não resisto, sugiro ao misericordioso leitor o artigo “Sobre a vagabunda, novamente!” disponível no dm.digital. Eu já repeti zilhões de vezes, que tudo que eu registro aqui pode ser facilmente verificado no Oráculo do Século XXI, o Google, inclusive, lógico, este, sobre a “vagabunda” e, antes de afugentar um eventual leitor com estes palavrões, vou finalizar porque parágrafos longos ou extensos podem levar embora até o leitor assíduo, eis os três pontos derradeiros…
Faz tempo que não ouço ninguém falar a palavra “derradeiro” e, mudando um pouco de assunto, fiquei impressionado com a quantidade de cadernos, repletos de crônicas e poesias que encontrei em nossa velha casa em Ribeirão Preto. Eu sempre comentei com os amigos que se, numa remota eventualidade, por um milagre – até porque nunca escrevi um livro e nunca participei, sequer, de nenhum concurso, nem de poesias quando moleque – então, se eu ficasse famoso, ou melhor, ficasse famosíssimo como “escritor” – já que não consegui como “dedetizador” – os meus filhos e netas ficariam ricos com os “manuscritos”. Sem brincadeiras agora, é sério, realmente, a quantidade de cadernos preenchidos deixou-me impressionadíssimo. Fiquei com dó do moleque por ter deixado de brincar e tive até vontade de colocar fogo em tudo. Ri sozinho agora. Quase coloquei aquele monte de “k”, como costumamos fazemos nas redes sociais, coisa que, por sinal, eu achava ridículo no princípio, quando comecei a namorar com o Facebook. Li, espirrando poeira, uma pequeníssima parte do material e, confesso, cheguei a chorar lendo uma crônica escrita para a mamãe, Joventina Maria Gonçalves Dias (1939-2014), em 1985, bem, seja lá o que for que vim fazer aqui na minha “cidade do coração”, em Ribeirão Preto, uma coisa é certa, estou voltando para o passado todos os dias, com tristezas e alegrias, porque não há como ser totalmente infeliz ouvindo Mozart e, por falar no “semi-deus” – morto e sepultado como indigente e fracassado – vou finalizar. Ah! Só mais uma perguntinha: por que não estampam no “nosso” dinheiro, nas nossas lindas notas, a figura do colendo, do ilustríssimo “carioca” – que “todo mundo” também pensa que era português – tido, por inúmeros historiadores como o brasileiros que mais lutou pela expansão do Brasil em todos os sentidos: D. Pedro II? Até.
(Henrique Dias é jornalista)