Opinião

O pensamento fácil e arriscado dos tucanos

Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 02:09 | Atualizado há 10 anos

É estranho e assustador a pieguice e estreiteza teórica do PSDB em achar que assacando o PT, a Presidência da República e Dilma Roussef da forma como vem fazendo irão tirar efetivos ganhos políticos. Felizmente, a política não responde a esses automatismos. O que quero dizer e defendo é que a ação política séria e propositiva é um pouco mais complicada e complexa. Não é exagero, mas a tucanada nunca esteve tão em baixa, nunca fora tão desacreditada e jamais esteve tão largada ao “deus dará” como agora.

Rapidinho, rapidinho eu poderia elencar um mundaréu de bobagens que essa gente fez contra o Brasil e que cujas lembranças ainda estão vivas, presentes e atuais nas cabeças dos brasileiros. Comecemos lá pelos noventa quando o “príncipe da sociologia”, Fernando Henrique Cardoso, devastou o país com toda sorte de privatização, desemprego, arrocho, recessão e dramáticas sociais de toda ordem. Querem mais? Quem não lembra da Chacina de Eldorado dos Carajás, em 1996, onde dezenas de camponeses foram executados pela polícia do PSDB?

E sigamos… Quem não se recorda de Perillo, a miúda promessa brejeira e goiana do PSDB, quando soltou milhares de policiais militares contra os ocupantes do Parque Oeste, em Goiânia, e que resultou em mortes, agressões e muita humilhação para milhares de famílias de empobrecidos? E a tucanagem paulistana? E os metrôs super-hiper-faturados? E as greves intermináveis da educação paulista? E a irremediável crise da água criada pela omissão, descaso e inoperância dos tucanos?

E Beto Richa, o “bravo” e infame governador do Paraná que recentemente mandou que sovassem milhares de professores diante das câmeras para todo o mundo e circunvizinhanças verem?

Só na cabeça ensandecida de Aécio Neves esse jogo funciona a partir de uma lógica de vasos comunicantes, ou seja, quando “aqui” está alto é porque “lá” está baixo e quando “lá” está alto é porque “aqui” está baixo.

É de um simplismo grotesco, rude e ofensivo. Acham os tucanos que na parelha com gente como Ronaldo Caiado, atualmente, a mais grotesca e bizarra figura política do Brasil, José Agripino Maia, corrupto folclórico e de conhecimento público, dentre outros, que lograram êxito em sua estranha empreitada de “construção” política?

A bala de prata do PSDB, a muito viciada Operação Lava Jato já rende um sem-número de denuncias, vejam bem, contra Aécio Neves, o próprio PSDB e todos os seus pares de imediata ocasião. Bom… Vejamos onde isso vai parar!

 

Ângelo Cavalcante, economista, cientista político, doutorando na Universidade de São Paulo e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Itumbiara.

 

 

 

 

 

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