Quem foi González Pecotche
Diário da Manhã
Publicado em 11 de agosto de 2016 às 03:41 | Atualizado há 9 anosNascido no dia 11 de agosto de 1901, em Buenos Aires, Carlos Bernardo González Pecotche, também conhecido como Raumsol, muito jovem ainda já mostrava a envergadura espiritual do pensador e educador que uma humanidade inquieta, num mundo em crescente convulsão, reclamava no tom das grandes necessidades do espírito.
Reagindo muito cedo contra a rotina dos conhecimentos e sistemas usados para a educação e formação do ser humano, o jovem e original pensador criou a Logosofia, que hoje se expande por todos os continentes, através das sedes culturais da Fundação Logosófica.
Até a data de sua morte, ocorrida em Buenos Aires em 4 de abril de 1963, González Pecotche dirigiu pessoalmente a expansão da Logosofia pelo mundo. Publicou dezenas de livros, proferiu mais de um milhar de conferências, ensinou a um número sempre maior de discípulos com a palavra e com o exemplo. Foi, enfim, uma vida consagrada ao bem da humanidade, e tudo isto sem perseguir qualquer recompensa financeira, já que a Fundação Logosófica nunca teve fins lucrativos.
Para tornar possível a realização rigorosamente científica dos novos conhecimentos na vida de cada ser, concebeu ele um método original, que ensina verdadeiramente o que é pensar, e como pensar. Um método que dá início, na existência do homem, ao processo de evolução consciente e inaugura, para a humanidade, uma nova fase na história da educação. Um método, enfim, que tornou viável a prática da ciência dentro do homem.
Ao proclamar ao mundo o início da era da evolução consciente, a Logosofia assinala, ao mesmo tempo, que o vocábulo “consciência” é muito mais do que aquilo que está nos dicionários. É o homem conhecendo finalmente a si mesmo e assumindo as rédeas de sua evolução, com plena percepção dos grandes objetivos da vida humana e universal; é a conquista da integração de seu espírito à vida racional, bem como a descoberta do mecanismo das Leis do Universo e a penetração lúcida no mundo mental da Criação. É, num processo que se projeta para o infinito, a realização da maior das aspirações desse mesmo homem, em todos os tempos e lugares: o de chegar, pelo conhecimento, até Deus, seu Criador.
(Dalmy Gama, escritor e docente da Fundação Logosófica do Brasil)