Resposta ao comentário de Leon Diniz no artigo sobre OS’s na Educação

A respeito do comentário do advogado Leon Diniz, publicado na edição do dia 2 de março de 2016, no Diário da Manhã, sobre a gestão dos hospitais estaduais por organizações sociais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) assegura que o repasse de recursos tem sido feito com regularidade, nunca comprometendo o funcionamento das unidades.

As informações sobre dívidas e seus valores, que vez ou outra surgem nos veículos de comunicação, são imprecisas e irreais, uma vez que são baseadas em interpretações equivocadas dos contratos de gestão, que destinam percentuais específicos para manutenção, custeio e investimento.

Os avanços no funcionamento dos hospitais públicos administrados por Organizações Sociais em Saúde (OSS) podem ser constatados por meio de dados do DATA-SUS, aberto para consulta por todo cidadão. Os registros feitos, entre 2011 e 2015, apontam avanços da ordem de 137% nos atendimentos ambulatoriais; de 52% nas cirurgias; de 117% nas internações em enfermarias e de 85% nas internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

Houve, ainda, um acréscimo de 71% na quantidade de leitos hospitalares. Em números absolutos, os hospitais dispõem de 497 leitos a mais. Destes, 147 são do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, o Hugol, inaugurado em julho do ano passado.

Além disso, nos últimos dois anos, quatro hospitais estaduais receberam o certificado ONA: HGG, HDT, CRER e HURSO. Só para se ter uma ideia da importância desse selo de qualidade, de cinco mil instituições de Saúde cadastradas no Brasil, apenas 1% de todas, como hospitais, laboratórios e bancos de sangue receberam esse mesmo crédito. Ainda para confirmar essa evolução, pesquisa Serpes feita em 2014 apontou que mais de 95% dos pacientes e seus familiares aprovaram o atendimento das unidades do Estado.

Outra prova dos avanços que a gestão por OSS representou para nossos hospitais foi a vinda de comitivas de 11 Estados brasileiros, mais Distrito Federal, para conhecer nossas unidades. O modelo de Goiás tem sido exemplo de sucesso para o Brasil.

(Maria Christina de Azeredo Costa Reis é superintendente de controle, avaliação e gerenciamento das unidades de saúde da SES-GO (SCAGES/SES-GO))