Em uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite deste domingo, 27, o ministro da Educação, Milton Ribeiro (MEC), discutiu sobre sua licença temporária em razão do escândalo no MEC, para se defender das acusações de participação em propina. O secretário-executivo, Victor Godoy, deve assumir o cargo em seu lugar.
Ribeiro ficaria afastado da função até o fim das investigações da Polícia Federal (PF), caso provasse sua inocência, voltaria ao cargo. A iniciativa foi do próprio ministro, Bolsonaro concordou com a licença, mesmo convicto de sua inocência.
Por conta da repercussão do caso, o ministro teria justificado a sua saída em conversa com o Presidente, por conta da crise e da pressão que sua família vem sofrendo. Além da ajuda de um grupo de aliados a Bolsonaro, que induziu a aceitar a licença
O pastor Silas Malafaia, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o ex-senador Magno Malta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado Marcos Feliciano e o ministro do Supremo André Mendonça, são alguns dos aliados que fazem parte deste grupo.
O caso
Foram feitas denúncias de mais de dez prefeitos, que relataram que o Ministério da Educação estaria liberando dinheiro para os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura para realizar obras e serviços. A Folha de S. Paulo divulgou um áudio vazado, em que o ministro contou priorizar as demandas do pastor Gilmar, por ordem do presidente da República. Bolsonaro alegou colocar “a cara no fogo” pelo ministro.
Os evangélicos se incomodaram com o caso e pediram a licença do ministro. O deputado federal e líder da Frente Evangélica, Sóstenes Cavalcante, se expressou para que Ribeiro se licenciasse: "Na minha avaliação, ele poderia fazer um gesto de solidariedade ao segmento evangélico e enquanto durarem essas investigações, se afastar do cargo”. O deputado e pastor Marcos Feliciano, também manifestou através de sua rede social, e se posicionou a favor do afastamento de Ribeiro.
*Com informações do G1
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