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Enfermeiro é preso sob suspeita de estuprar paciente em hospital de Rio Verde

Investigações apontam que o profissional teria praticado o crime enquanto a vítima estava sedada

O enfermeiro negou veementemente a acusação de estupro, alegando que a paciente já havia sido internada outras vezes na mesma unidade hospitalar O enfermeiro negou veementemente a acusação de estupro, alegando que a paciente já havia sido internada outras vezes na mesma unidade hospitalar

Nesta terça-feira (18), um enfermeiro de 32 anos foi detido pelas autoridades policiais, sendo suspeito de estuprar uma paciente no Hospital Municipal de Rio Verde, localizado no sudoeste do estado de Goiás. O crime teria ocorrido em março do ano anterior, conforme apontam as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

A vítima relatou à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) que estava internada na unidade hospitalar após uma tentativa de tirar a própria vida. Segundo as apurações realizadas, o enfermeiro, à época técnico em enfermagem, teria se aproveitado do momento em que a mulher estava sedada e, utilizando um lençol para cobri-la, teria praticado o abuso sexual.

Após receber alta médica, a paciente dirigiu-se à delegacia para prestar queixa e passar pelo exame de corpo de delito, que comprovou a ocorrência do crime. Além disso, a presença de material genético masculino foi encontrado no corpo da vítima.

A delegada Jaqueline Sielskis, responsável pelo caso, esclareceu que um confronto foi realizado entre o material genético do enfermeiro e de outros profissionais que a acompanharam durante o período de internação, chegando à conclusão de que o material condizia com o do técnico de enfermagem, que permaneceu mais tempo em sua companhia.

Diante das evidências, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o suspeito, que foi cumprido nesta terça-feira em Santa Helena de Goiás, cidade localizada a 36 quilômetros de Rio Verde.

O enfermeiro negou veementemente a acusação de estupro, alegando que a paciente já havia sido internada outras vezes na mesma unidade hospitalar. Contudo, as investigações seguirão o curso legal para apurar os fatos de maneira imparcial.

Após o ocorrido, a Secretaria Municipal de Rio Verde divulgou uma nota repudiando qualquer ato criminoso praticado por servidores públicos municipais e se prontificou a colaborar com as investigações. A instituição esclareceu que o enfermeiro em questão não era um servidor efetivo, mas sim um prestador autônomo que já havia sido descredenciado da saúde.

O Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO) também se manifestou sobre o caso, informando que já deu início a um Procedimento Ético Disciplinar (PED) para apurar a conduta do profissional. De acordo com a Resolução COFEN Nº 706/2022, que trata do Código de Processo Ético do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem, o procedimento seguirá todas as etapas previstas, incluindo a possibilidade de penas severas, como a cassação do registro profissional. O enfermeiro em questão possui inscrição regular como Enfermeiro e Técnico em Enfermagem no órgão.

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