O fisiculturista Igor Porto Galvão, de 31 anos, se tornou réu por feminicídio consumado nesta quinta-feira, 30. A decisão do juiz Leonardo Fleury acata a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), que o acusa de assassinar sua esposa, Marcela Luíse de Souza, com requintes de crueldade, impossibilitando sua defesa.
Marcela teve múltiplas fraturas pelo corpo e sucumbiu a um traumatismo craniano dez dias após ser internada em estado gravíssimo. A investigação da Polícia Civil concluiu que as lesões não condiziam com a versão apresentada por Igor, que alegou que a esposa havia se machucado após uma queda.
O MPGO sustenta que o crime foi motivado pelo gênero da vítima e que Igor agiu com dolo e intenção de matar. A defesa do acusado, por sua vez, afirma que não se surpreendeu com a denúncia e que provará que os fatos não ocorreram como narrados pela acusação.
O caso
Marcela foi internada em um hospital particular de Aparecida de Goiânia no dia 10 de maio, levada pelo próprio marido. Dez dias depois, não resistiu às graves agressões. Ao dar entrada na unidade, Igor Porto Galvão afirmou que a esposa havia se machucado após cair em casa.
Inconsistências na versão do marido e os hematomas encontrados no corpo de Marcela despertaram a suspeita da equipe médica, que acionou a polícia. A investigação confirmou as agressões e resultou na prisão preventiva de Igor.
A delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, já havia antecipado que Igor responderia por feminicídio consumado. A defesa do acusado lamentou a morte de Marcela e se reservou a falar sobre o caso apenas em âmbito investigativo.