A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em desfavor de servidores da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A ação ocorreu no escopo da Operação Última Milha, que apura o uso ilegal do sistema de monitoramento por geolocalização de aparelhos celulares de milhares de brasileiros. A ação ocorre durante a manhã desta sexta-feira, 20.
Ao todo, são previstos o cumprimento de 25 mandados de busca a apreensão, 2 de prisão e outras sanções alternativas à detenção. As ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal e devem ser cumpridas nos estados de Santa Catarina, Paraná, Goiás, São Paulo e Distrito Federal. De acordo com informações da PF, um dos presos é Rodrigo Colli, que atuava no setor de contrainteligência cibernética. O segundo servidor preso é o oficial da inteligência, Eduardo Arthur Izycki.
As investigações dão conta de que a estrutura da ABIN foi utilizada durante os 3 primeiros anos do governo de Jair Messias Bolsonaro (PL) para monitorar jornalistas, políticos e outras pessoas consideradas opositoras do agora inelegível, ex-presidente da República. O sistema, invadia os aparelhos celulares, dando conta da localização e outras informações pessoais das vítimas.
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Ainda conforme as investigações, os suspeitos utilizavam o fato de terem acesso a informações privilegiadas para coagir os superiores e tentar evitar a demissão que estava sob análise, haja vista que respondiam processo administrativo pelo cometimento de outras infrações disciplinares.
Conforme o andar apurações, os envolvidos no esquema poderão responder pelos crimes de organização criminosa, interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização legal ou com objetivos divergentes dos previstos, além de invasão de dispositivo informático alheio.