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"Abin Paralela"

PF prende assessor suspeito em esquema de fake news e monitoramento ilegal

Operação Última Milha investiga assessor parlamentar por manipulação de informações falsas e vínculos com a Abin, revelando ramificações internacionais

Imagem ilustrativa da imagem PF prende assessor suspeito em esquema de fake news e monitoramento ilegal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira 10, a quinta fase da Operação Última Milha, que busca desmantelar uma organização criminosa especializada no monitoramento ilegal de autoridades públicas e na produção e disseminação de fake news. O grupo utilizava sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) de forma ilícita para realizar os monitoramentos ilegais.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na cidade de Brasília. O principal alvo da ação é o assessor parlamentar Daniel Ribeiro Lemos, que atua no gabinete do deputado federal Pedro Jr. (PL-TO). O parlamentar não é alvo da operação.

De acordo com as investigações, Ribeiro era peça-chave no envio de informações manipuladas, tanto para o Congresso quanto para contatos estrangeiros, distorcendo informações para beneficiar interesses políticos. Mesmo depois da desarticulação do grupo criminoso, ele é suspeito de continuar espalhando fake news nas redes sociais.

Os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivos informáticos.

Um dos pontos de maior repercussão é o depoimento do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro, que foi ouvido pelos investigadores como testemunha. A PF questionou o general sobre a estrutura de monitoramento montada no Palácio do Planalto para vigiar adversários políticos e disseminar desinformação.

Além disso, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) é investigado por seu possível envolvimento na chamada "Abin paralela", embora tenha negado as acusações.

Com as novas revelações e depoimentos, a operação avança, mirando nas ramificações mais profundas desse esquema, que, segundo as investigações, conta com uma célula central que era ligada à Presidência da República.

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