Sete homens foram presos suspeitos de participar do homicídio do pecuarista Valdemar Ferreira Pimenta, ocorrido no dia 26 de junho deste ano, em São Miguel do Araguaia no norte de Goiás. Os investigadores da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) acreditam ter desarticulado um grupo que agia como pistoleiros realizando assassinatos por encomenda. Um dos integrantes, suspeito de fazer parte do grupo de pistolagem, está foragido.
Responsável pelas investigações sobre a morte de Valdemar, delegado Thales Feitosa de Araújo Fonseca, diz que o caso está perto de terminar. As investigações apontaram que a motivação do crime foi uma disputa por pasto, que fica na Ilha do Bananal, em Tocantins. A vítima teria começado a usar o local em março deste ano. Os mandantes do assassinato, diante da perda das terras, contratou Marcelo Franca, que por sua vez, coordenou e planejou a execução de Valdemar.
Com o andamento das investigações a PCGO conseguiu descobrir as identidades de todos os participantes, incluindo a função de cada um deles na morte do pecuarista e, assim realizar a prisão dos suspeitos
“Entre os presos, há os mandantes do assassinato do pecuarista, que fizeram a encomenda da morte junto ao Wellington, que é um intermediário e é o terceiro preso, O Raimundo Wellington entrou em contato com o Zé Henrique, que por sua vez acionou o Marcelo Boiador que é o chefe dessa associação de pistolagem e que se responsabilizou por contratar os dois pistoleiros e designar a missão de executar a vítima”, conta o delegado.
Os mandados foram coordenados em diversos municípios de Goiás, Maranhão, Tocantins e na Bahia. Para o delegado, Raimundo Welligton Maia Macedo, vulgo Galego, morador de Juazeiro do Norte (CE), é quem realiza os repasses das encomendas de morte que são contratadas, para os demais integrantes. Inclusive, faz os pagamentos do 'serviço' e gerencia os financiamentos, age também auxiliando e planejando os homicídios.
Além do suspeito, Raimundo Welligton, o delegado Thales, divulgou fotos dos outros envolvidos e a participação de cada membro da quadrilha:
Marcelo Franca Santos, suspeito de ser líder do grupo foi preso em São José de Piranhas (PB), quando participava de um evento de vaquejada.
José Henrique Correia de Melo Simplício, vulgo Zé Henrique, suspeito que foi preso no município de Casa Nova (BA).
“Há também um outro intermediário, que foi preso na cidade de Cariri e ele deu esse suporte financeiro para remunerar e financiar os envolvidos nesse esquema criminoso”, completa Thales.
A PCGO explica que as investigações irão continuar para descobrir se há outros envolvidos na quadrilha.