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Polícia Federal desarticula esquema de lavagem de dinheiro do PCC com bancos digitais

O grupo criminoso movimentou aproximadamente R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs

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A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Concierge, uma das maiores ofensivas contra o crime organizado no Brasil, visando desmantelar um complexo esquema de lavagem de dinheiro operado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) através de bancos digitais irregulares. A investigação revelou que o grupo criminoso movimentou aproximadamente R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs que ofereciam contas clandestinas, possibilitando transações financeiras ocultas dentro do sistema bancário oficial.

O esquema operava com a conivência de instituições financeiras de grande porte, autorizadas pelo Banco Central, que hospedavam as fintechs. Essas empresas, identificadas como T10 e I9 Banco, utilizavam contas em dois bancos oficiais para realizar as movimentações financeiras. As chamadas "contas bolsões" permitiam que os valores fossem transferidos sem identificação dos remetentes e destinatários, garantindo invisibilidade às transações. A operação envolveu cerca de 200 policiais federais que cumpriram 17 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão em várias cidades de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, a Justiça determinou a suspensão das atividades de 194 empresas de fachada utilizadas para dissimular as transações, bem como o bloqueio de R$ 850 milhões em contas associadas ao esquema criminoso.

As fintechs envolvidas anunciavam seus serviços abertamente na internet, oferecendo contas "blindadas" contra bloqueios judiciais e penhoras. Máquinas de cartão de crédito em nomes de empresas de fachada também foram utilizadas para realizar pagamentos não relacionados aos verdadeiros usuários, facilitando a lavagem de dinheiro e o financiamento de atividades ilícitas.

Os responsáveis pelo esquema poderão responder por crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, ocultação de capitais, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa. A operação, nomeada Concierge, faz alusão à prestação de serviços clandestinos para ocultação de capitais, reforçando o compromisso da PF em sufocar as finanças do crime organizado no país.

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