O Projeto de Lei 557/2020, de autoria da Câmara dos Deputados, foi aprovado pelo Senado e enviado à sansão presidencial nesta terça-feira, 10. O texto quer tornar lei a inclusão de abordagens femininas nos currículos do ensino fundamental e médio, tanto em escolas públicas, quanto particulares.
Uma proposta visando a representatividade feminina
A medida quer destacar as contribuições de mulheres no avanço de várias áreas sociais e científicas. A ideia é que as alunas enxerguem a representatividade de mulheres que ocuparam lugares de destaque na ciência, arte, política e cultura.
A proposta cria também a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, a ser realizada anualmente na segunda semana de março.
Segundo a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora do projeto, a iniciativa busca reduzir a desigualdade de gênero na sociedade.
“Estereótipos influenciam a tomada de decisões de meninas já a partir dos seis anos de idade, desencorajando-as de interesses em determinadas matérias, o que, por consequência, reflete na baixa representatividade feminina em diversas áreas e carreiras de grande reconhecimento", argumenta Soraya.
Resistência por parte de alguns parlamentares
Apesar da aprovação em votação simbólica, o projeto enfrentou resistência de alguns senadores, como Flávio Azevedo (PL-RN), que criticou a inclusão obrigatória da medida nas escolas privadas, classificando-a como uma "intervenção indevida" no setor educacional.
Outros senadores, como Cleitinho (Republicanos-MG), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (União-PR), também votaram contra a proposta.