A ex-candidata à presidência Luciana Genro comemorou a condenação do também ex-candidato Levy Fidelix. Ele fez declarações homofóbicas durante um debate, em rede nacional, quando foi questionado pela candidata do PSOL sobre a união civil gay.
Fiedelix foi condenado a pagar R$ 1 milhão devido às declarações homofóbicas. Por meio das redes sociais, Luciana declarou que considera a notícia sobre a condenação "ótima". A ex-candidata mencionou também o trabalho da juíza responsável pelo caso. "Ótima notícia essa condenação do Levy Fidelix. Na sentença, a juíza foi certeira e disse que o pronunciamento de Levy naquele debate comigo foi além do permitido pela liberdade de expressão e incidiu em discurso de ódio", declarou.
Luciana lembrou do debate, que ocorreu no ano passado. "Essas declarações absurdas e criminosas do Levy foram proferidas num embate direto comigo e chocaram o país. Nós também reagimos a esse discurso e protocolamos uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, baseada nos mesmos argumentos desta ação da Defensoria Pública de São Paulo. O nosso pedido ainda aguarda uma manifestação do Ministério Público Eleitoral", pontuou.
Ela considerou a decisão da magistrada uma 'vitória' e declarou que o caso serve como exemplo para os que promovem a discriminação. "Essa condenação é uma vitória para toda a população LGBT e para todos que, como eu, defendem as liberdades individuais e os direitos humanos. É um recado claro aos opressores: discurso de ódio não passará", enfatizou.
Relembre o caso:
Durante o debate promovido entre os candidatos à presidência, no primeiro turno, pela Record, Luciana Genro questionou Fidelyx sobre a união homoafetiva. “Os homossexuais, travestis e lésbicas sofrem violência constante. Por que as pessoas que defendem tanto família se recusam a reconhecer como família um casal do mesmo sexo?”, perguntou.
Ele respondeu se posicionando contra a união homoafetiva. “Pelo que vi na vida, dois iguais não fazem filho. E digo mais, aparelho excretor não reproduz”. Fiedelix ainda declarou que as pessoas que se declaram homossexuais precisavam de um "atendimento psicológico e bem longe da gente", disse.