Empresa contesta laudo da Aeronáutica sobre acidente que matou filho de Alckmin
A Helipark, empresa responsável pela manutenção do helicóptero PP-LLS, que caiu em São Paulo em abril, e matou cinco pessoas, questionou hoje (3) a nota divulgada pela Aeronáutica que diz que componentes da aeronave estavam desconectados antes do voo. No acidente estavam Thomaz Rodrigues Alckmin, filho mais novo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e mais quatro pessoas.
“A própria nota da Força Aérea Brasileira diz que os controles flexíveis e alavancas são 'fundamentais para controlar a aeronave em voo'. Portanto, como afirmar que o helicóptero decolou e voou mesmo com esses componentes desconectados?”, diz a empresa.
A Helipark alegou ainda que não seria possível afirmar que o comandante pilotou a aeronave durante todo o voo. A empresa concluiu que Thomaz Alckmin, não poderia estar dentro do helicóptero, de acordo com as regras de voo, e “principalmente sentado na posição do copiloto”.
A Aeronáutica divulgou uma segunda nota no final da tarde de hoje. Ela explicou que a desconexão a que se referiu diz respeito “ao posicionamento incorreto do arranjo mecânico, em desconformidade com os manuais do fabricante, fato que ensejou o desprendimento em algum momento do voo”.
A Força Aérea esclareceu que as investigações, até o momento, não podem levar a quaisquer conclusões sobre o acidente. “Cabe ratificar que na atual fase da investigação ainda não é possível apontar conclusões acerca dos fatores contribuintes que desencadearam o acidente”.