O general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército durante o governo de José Sarney, morreu hoje (4), no Rio de Janeiro. Segundo informações do Centro de Comunicação Social do Exército, o general tinha 94 anos e deixa a mulher, dois filhos, quatro netos e sete bisnetos.
De 1974 a 1977, durante a ditadura militar, Leônidas Pires Gonçalves foi chefe do Estado-Maior do 1º Exército, no Rio de Janeiro, e comandante Militar da Amazônia. Em 1983, assumiu o Comando do 3º Exército, em Porto Alegre.
Em 1985, foi convidado por Tancredo Neves para assumir o Ministério do Exército. Com a morte de Tancredo, o general integrou o governo do presidente José Sarney.
Em nota, Sarney lamentou a morte do ex-ministro, a quem chamou de grande amigo, e disse que o general teve papel fundamental durante a transição da ditadura militar para o regime democrático.
“Ele deu suporte para que a transição fosse feita com as Forças Armadas e não contra as Forças Armadas. Pacificou o Exército e assegurou e garantiu o poder civil. Reconduziu os militares aos seus deveres profissionais, defendendo a implantação do regime democrático que floresceu depois de 1985”, lembrou Sarney.
O general foi citado no relatório da Comissão Nacional da Verdade, divulgado em dezembro de 2014, como um dos 377 agentes do Estado que atuaram na repressão política e foram responsáveis, direta ou indiretamente, pela prática de tortura e assassinatos durante o regime militar.
O velório de Leônidas Pires Gonçalves está marcado para o sábado (6), no Palácio Duque de Caxias. A cremação será no mesmo dia, às 13h, no Crematório São Francisco Xavier, no bairro do Caju, Rio de Janeiro.