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Parada Gay une bancada cristã contra ativistas LGBT

A parada gay realizada no último domingo, 7, provocou as bancadas católicas e evangélicas. Na noite de quarta-feira, em Brasília, os cristãos se uniram para realizar protesto contra as marchas da maconha, das vadias e a parada gay e pediram respeito aos símbolos religiosos protegidos pela Constituição Federal.

O líder dos parlamentares evangélicos, presidente da presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos (PSDB-GO), leu nota de repudio na tribuna: "Os ativistas do movimento LGBT cometerem crime de profanação contra símbolo religioso, ferindo a todos os cristãos ao usarem uma pessoa pregada na cruz, utilizando símbolos do cristianismo de forma escandalosa, zombando e ridicularizando o sacrifício de Jesus".

O grupo, em seguida, gritou "respeito". Os parlamentares mostraram em plenário as fotos da 19ª Parada do Orgulho LGBT e afirmaram que  as imagens "ferem a família" e a liberdade religiosa. Para alguns dos religiosos, a ‘profanação’ deve tornar-se "crime hediondo" – espécie que dificulta a redução da pena dos autores.A gota d’água para o movimento dos religiosos foi a ação da atriz transexual Viviany Beleboni, que se travestiu de Jesus Cristo. A atitude teria unido as bancadas que apesar de cristãs são opostas na doutrina bíblica. A nota divulgada por João Campos é assinada, por exemplo, pelo deputado Givaldo Carimbão (PROS-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana e vários outros religiosos. Alan Rick (PRB-AC), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, também assinou o documento.

O deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) afirma que a provocação surtirá efeitos parlamentares. Integrantes da bancada apresentaram  proposta para que a profanação religiosa seja considerada crime hediondo: “Essas cenas atingem nossas famílias". O líder do PSD também disse que  é preciso observar o caso da França, em que o desrespeito aos símbolos religiosos acabou por levar ações extremadas, como o ataque terrorista ao veículo de comunicação Charlie Hebdo.

ESTADO LAICO

O deputado Roberto Freire (PPS-PE) cobrou dos parlamentares respeito também aos que não comungam com suas ideias: "Vivemos uma República laica. Não podemos transformar isso aqui numa igreja. Estou querendo trazer à lembrança de todos que não é para falar em nome dos 513 deputados. Respeitem a diversidade, respeitem a República laica".

Na terça-feira, o deputado federal João Campos entrou com pedido ao Ministério Público de São Paulo para que investigue a Parada Gay e veja se ocorreram crimes contra a liberdade religiosa e profanação dos símbolos religiosos.

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