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POLÍTICA

A volta por cima de Paulo Garcia

Com uma frente de obras de R$ 1 bilhão, prefeito estreita parcerias, com Estado e o Legislativo, e retoma protagonismo político em Goiânia
Depois de um início conturbado, uma retomada. O prefeito Paulo Garcia iniciou o segundo mandato, em 2013, com dificuldades na relação com a Câmara Municipal, queda de receita e precarização nos serviços de limpeza. O cenário agora é outro, com 60 grandes obras em andamento totalizando R$ 1 bilhão de investimentos em mobilidade urbana, meio ambiente, cultura, urbanização, assistência social, habitação, saúde e esporte e lazer. Este cenário de retomada é propiciado também com parcerias com o Legislativo municipal, Estado e União.
A popularidade do prefeito aumenta à medida que a população vê máquinas roncando em todas as regiões da cidade, com equipes pavimentando ou recapeando ruas, trocando lâmpadas e colocando em dias a limpeza e coleta de lixo. A retomada do protagonismo administrativo impulsiona o ativismo político, que pode ser notado na agenda do prefeito, que tem participado de inauguração ou lançamento de obras acompanhado de vereadores e de virtuais candidatos a sua sucessão, como a deputada estadual Adriana Accorsi (PT).
No boxe, diria-se que Paulo Garcia saiu das cordas e retomou o protagonismo da luta. Para muitos, as cordas que prendiam o prefeito teriam sido atadas por compromissos feitos pelo seu antecessor, o ex-prefeito Iris Rezende Machado. À medida que foram se esgotando estes compromissos, Paulo Garcia retomou as rédeas e a direção de sua administração. Vale lembrar que Paulo Garcia assumiu o mandato em meio a duas disputas entre o ex-prefeito Iris Rezende (PMDB) e o governador Marconi Perillo (PSDB): em 2010 Iris renuncia à prefeitura para candidatar-se ao governo contra Marconi, e, em 2014, retoma o confronto com o tucano. Os reflexos desta disputa, em certa medida, obstacularam a administração de Paulo Garcia. Um dos primeiros reflexos foi na Câmara Municipal, onde passou a sofrer dura oposição de vereadores ligados a Casa Verde. Hoje a situação é outra. Prevalece o diálogo entre o Executivo e o Legislativo municipal, e também entre o Paço Municipal e o Palácio das Esmeraldas.
Na Região Metropolitana de Goiânia é sensível a necessidade de um bom trâmite entre as administrações municipais e o governo do Estado. Os problemas que afetam a população de cidades como Anápolis, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e a própria capital, exigem que os gestores públicos dialoguem e busquem políticas que beneficiem os munícipes. Eleitos pela oposição, como Paulo Garcia, os prefeitos de Aparecida Maguito Vilela (PMDB), de Anápolis, Antônio Gomide (PT) e seu sucessor João Gomes e de Senador Canedo, Misael Oliveira (PDT), estabeleceram parcerias com a administração estadual.
Os ecos da disputa PMDB x PSDB dificultavam uma aproximação administrativa entre os gestores da Capital e do Estado. O "degelo" só viria a acontecer com a visita da presidenta Dilma Roussef (PT) a Goiânia, em março deste ano, quando fez o lançamento das obras do BRT Norte-Sul.
Em seus discursos, prefeito, governador e presidenta enalteceram a necessidade de união entre os entes federativos (União, Estados, municípios) em prol da população. E foi a partir daí que se deu uma guinada nas relações entre a prefeitura de Goiânia e o governo do Estado. O prefeito fez o lançamento das obras de recuperação da Praça Cívica com a presença do governador. Este retribuiu convidando o prefeito para a inauguração do Hugol, o Hospital de Urgências da Região Noroeste. Paulo Garcia fez vistoria das obras do BRT na companhia do governador Marconi Perillo e nesta semana, o prefeito participou ao lado do governador da inauguração da duplicação da GO-403 ligando Goiânia e Senador Canedo.
Esta distenção administrativa reflete na prática política e repõe a disputa eleitoral nos seus devidos termos. O que se pratica atualmente em Goiás deveria inspirar  para outras instâncias, como por exemplo o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que ameaça "por fogo no país" com aprovação de projetos que inviabilizem o governo da presidenta Dilma Roussef (PT). Talvez o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), devesse dar um pulo em Goiânia e ver como a convivência democrática é mais construtiva do que seus arroubos golpistas no Senado.
Parceria x disputa
No passado recente, as disputas entre prefeitos da Região Metropolitana e governo do Estado nem sempre tiveram bom desfecho para os prefeitos. Daniel Antônio emergiu das urnas em 1985 como uma nova força em seu partido, o PMDB. Recém eleito prefeito de Goiânia já era visto como nome para a sucessão do governador Iris Rezende em 1986. Sua administração seria sabotada por integrantes do próprio partido, pois uns queriam eleger Henrique Santillo governador e outros a volta de Nion Albernaz ao Paço Municipal, e foi o que viria a acontecer, tempos depois. Em Anápolis, a surpreendente vitória do empresário Ernani de Paula (PPS) nas eleições de 2000, despertou o sinal de alerta nas forças políticas. Empreendedor, Ernani impôs um ritmo dinâmico à prefeitura e seu nome emergiu como virtual sucessor de Marconi Perillo em 2002. Assim como Daniel Antônio, Ernani acabou isolado politicamente, e alvo de intervenção na administração.
Com seu protagonismo administrativo e um novo posicionamento político, o prefeito Paulo Garcia (PT) se afasta das ameças que já vitimaram outros administradores e abre caminhos para vôos mais altos. É inegável que no atual ritmo de obras, o prefeito será um dos principais cabo-eleitorais em 2016. Noutras palavras, será o condutor da própria sucessão, com possibilidades reais de eleger o próximo prefeito da capital. Mais importante: Paulo Garcia caminha para as eleições num clima de otimismo com a população e sem os desgastes de uma guerra fratricida com a Casa Verde
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Prefeitura investe em mobilidade, pavimentação e sustentabilidade
Com mais de 60 obras e R$ 1 bilhão de investimentos, a administração do petista Paulo Garcia realiza intervenções importantes na Capital. Na mobilidade urbana, destaca-se o Parque Macambira-Anicuns, que garante a preservação dos principais mananciais hídricos do município e o  BRT Goiás Norte-Sul, que  vai interligar a região Noroeste de Goiânia, a partir do Terminal de Integração Recanto do Bosque, à região Sul, no Terminal de Integração Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia, com atendimento direto a 148 bairros de Goiânia e Aparecida, beneficiando cerca de 120 mil usuários por dia.
A execução desta obra, que é considerada um marco para o transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana, começou no dia 20 de maio pela Avenida Goiás Norte, onde está sendo construída a via central para circulação do transporte coletivo. Na região entre a Praça do Violeiro e o Terminal Rodoviário de Goiânia, as estruturas asfálticas antigas estão sendo removidas para a implantação de uma nova estrutura de concreto. Este trecho de 4,5 quilômetros receberá pavimento rígido composto por placas de concreto armadas, apoiadas sobre uma sub-base. Esta pavimentação possui alta resistência a deformações e vida útil superior ao asfalto (CBUQ).
O BRT Goiás Norte-Sul está sendo executado pelo consórcio das empresas Isolux, EPC  e WVG, vencedor da licitação. O projeto orçado em R$ 242,4 milhões é realizado com recursos do governo federal, pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia afirma que a construção do BRT Goiás Norte-Sul  trará uma nova estruturação viária e paisagística para a cidade que oferecerá qualidade  para o transporte do cidadão.  “Pensar a mobilidade urbana é pensar a melhor forma de  garantir o acesso das pessoas aos mais distintos locais da cidade, de modo mais e?ciente em termos econômicos, sociais e ambientais.
Os corredores exclusivos nas avenidas T-7 e Av.85 e T-63, com rebaixamento de calçadas, pista para bicicletas e monitoramento por câmeras são um marco para mobilidade, segurança e sustentabilidade na capital.Já foram investidos mais de R$ 78,1 milhões nos corredores da Avenida T-7 e Avenida 85 e na segunda fase da Avenida T-63. Todos contam com trecho cicloviário, câmeras, nova sinalização, nova capa asfáltica, novos abrigos para ônibus, lixeiras e restruturação dos canteiros centrais. Ainda este ano, devem ser licitados três novos corredores contemplando as avenidas 24 de Outubro, Independência e T-9.
Asfalto, saúde e educação
De acordo com o prefeito Paulo Garcia, já foram investidos R$ 43,5 milhões em 1,4 milhão de metros quadrados, ou 53 quilômetros de pavimentação asfáltica em 11 bairros: Real Conquista,  Jardins Cerrado, Residencial Bandeirantes, Irisville, Ilha do Caribe, Parque das Nações/Garra, Buena Vista, Jardim do Cerrado, Caiapó, Parque das Nações, Orlando de Morais e Setor Sul. Já foi realizado o recapeamento de 48 ruas do centro, a pavimentação das avenidas Nadra Bufaiçal e Independência, no setor Faiçalville, e a prefeitura dará início ao recapeamento em outros 90 setores da capital. Outro benefício nos bairros: O breu que tomou conta as ruas nos primeiros meses da administração está tomado pela luz, com a troca de 8 mil lâmpadas.
Paulo Garcia informa que a prefeitura já deu início ao prolongamento e reurbanização da Marginal Cascavel, obra orçada em R$ 43,6 milhões. Uma licitação dará continuidade à Marginal Botafogo, desafogando o trânsito na região no Setor Pedro Ludovico. A construção de uma nova UPA – Unidade de Pronto Atendimento irá beneficiar os moradores da Região Noroeste, e 9 Cmeis está sendo construídos nove bairros da capital.

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