NOVA YORK — Barack Obama chamou o presidente sírio, Bashar al-Assad, de tirano no discurso na Assembleia Geral da ONU nesta segunda-feira, culpando ele pela guerra civil que já dura mais de quatro anos no país e acusando o governo de matar dezenas de milhares de civis. Se mostrando disposto a trabalhar junto com Rússia e Irã sobre a crise na Síria., Obama afirmou que bombardeios são necessários, mas não é uma solução.
— Em nenhum lugar, nosso compromisso com a ordem internacional é mais testado do que na Síria. Quando um ditador mata dezenas de milhares de pessoas do seu próprio povo, essa não é apenas uma questão de direitos humanos de uma nação — disse Obama, classificando Assad de tirano. — Os EUA estão preparados para trabalhar com qualquer nação, incluindo Rússia e Irã para resolver o conflito.
O presidente ressaltou que a luta contra o regime e o Estado Islâmico se alongará por muito tempo, ressaltando que as famílias afetadas pelos conflitos precisam de ajuda rápida. Diante disso, ele afirmou que o governo americano lançará mais esforços para apoiar os milhares de refugiados que fogem da guerra síria .
Sobre a retomada das relações com Cuba, Obama pediu ao Congresso que levante o embargo contra Cuba, se mostrando confiante que as restrições serão retiradas.
— O embargo não deveria mais estar em vigor — disse ele diante dos aplausos das delegações dos 193 países membros.
Obama elogiou ainda os “princípios internacionais” da Nações Unidas nos últimos 70 anos, desde sua fundação, para prevenir conflitos mundiais e evitar uma Terceira Guerra Mundial, ao apoiar a diplomacia entres povos e impedindo países “fortes” de impor poderem em nações menores mais fracas, em uma possível referências à anexação russa da região ucraniana da Crimeia, no início do ano passado.
— Esse progresso é real, podemos ver em doenças erradicadas, em conflitos superados — declarou, mas ressaltando que os perigos ainda estão longe de terminar e que a marcha do “progresso humano nunca viajou em uma linha reta”.
O líder americano também pediu mais cooperação com outros países para enfrentar as ameaças globais.
— Se não pudermos trabalhar juntos de forma mais efetiva, teremos que enfrentar as consequências — afirmou Obama. — Não importa o quanto somos poderosos ou militarizados, quão forte é nossa economia, os Estados Unidos não podem enfrentar os problemas globais sozinho.