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POLÍTICA

Surge o partido NOVO

Com cerca de 1 milhão assinaturas, surge mais um partido para compor o quadro político eleitoral do Brasil: o Partido NOVO. Como o próprio nome diz, o partido pretende apresentar novidades aos cidadãos e eleitores brasileiros, tendo como bandeira a liberdade individual, o livre mercado e uma menor intervenção do Estado. Com a criação da nova agremiação, o Brasil conta agora com um total de 35 partidos políticos. Com viés liberal, o partido foi deferido pelo Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) em setembro deste ano, no entanto, foi criado em fevereiro de 2011 por 181 cidadãos de 35 profissões diferentes e oriundos de 10 estados brasileiros. Conforme a descrição do partido, o NOVO tem como objetivo oferecer uma alternativa verdadeira de gestão pública para o Brasil.

Em entrevista ao Diário da Manhã, o presidente do diretório regional de Goiás, o empresário Elison Bernardes, destaca que o que há de novo no partido é sua origem, que vem apenas de profissionais liberais e não possui em seu quadro “políticos profissionais”. Para Elison, o partido traz a essência do novo, tendo como proposta fundamental “chegar ao poder para devolvê-lo ao cidadão e não tem nenhum partido com uma proposta parecida ”, afirma.  Outro diferencial apontado pelo presidente é o Estatuto, que “prega o fim de reeleições e a desvinculação na gestão partidária”.

Elison destaca que o NOVO defende um modelo de gestão que favoreça o empreendedorismo e a concorrência, primando por uma atuação focada nas áreas de ensino básico, saúde, segurança, justiça, infraestrutura e na preservação da moeda. “Queremos incluir pessoas com o perfil do NOVO. Temos uma proposta, a longo prazo, de atender as demandas que a sociedade tem. Acreditamos na inclusão das pessoas e, por meio de exemplos, podemos conseguir a mudança de cultura e inovação”, destaca.

Desafios

Para o presidente regional do partido, o grande desafio é “resgatar as pessoas para o assunto política, com a inclusão de pessoas capacitadas para gestão, incentivando-as a participar e serem cidadãos mais ativos”, ressalta. O NOVO ainda pretende transformar o modelo de gestão pública, implementando eficiência, transparência e meritocracia por meio do engajamento de pessoas comprometidas e competentes.

“Acreditamos que existe demanda para esse tipo de proposta, até porque, uma pesquisa recente diz que 70% da sociedade não se sente representada por nenhum dos partidos existentes. E esse público é a nossa busca e estamos contando com eles, que vão encontrar no NOVO uma luz no fim do túnel para resolver os problemas, mesmo que à longo prazo”, ressalta Elison.

Com um total de 6 mil filiados em todo o Brasil e em torno de 100 em Goiás, o presidente ainda destaca que o partido busca inovar em seus processos e a filiação eletrônica é uma das maneiras encontradas de agregar mais integrantes, sem necessidade de fichas e um espaço físico. “Esse percentual de fililados nos dá uma sinalização de que estamos seguindo o caminho certo e vamos ter bastante adesão, pessoas que acreditam e que estão ansiosas por uma proposta como a nossa”.

Questionado se criar um novo partido é o melhor para o Brasil, Elison destaca o fato de 70% das  pessoas não se identificarem com nenhum dos partidos políticos existentes, além de, “esses partidos, geralmente, terem um dono e dificilmente você pode ter uma ideia acatada, com uma formatação e um atendimento a grupos de interesse”.

Estrutura

A estrutura do partido, de acordo com Elison, se divide em diretórios e núcleos. Em todo o Brasil, ao total, são nove diretórios estabelecidos e 20 núcleos, que se trata de um projeto piloto para criação de um diretório. O presidente explica que ocorre um processo seletivo para escolher um líder, que irá fazer os trabalhos iniciais do partido no núcleo. “Já recusamos inúmeras propostas de pessoas que são políticas do modelo mais antigo e que queriam tomar conta de diretório e participar de prévias. No entanto, quando a pessoa entende esse modelo de núcleo, não acha interessante a nossa proposta. Mas para gente isso é legal, porque queremos incluir pessoas com o perfil do NOVO. A nossa proposta não é chegar e incluir pessoas sem nenhum critério”, se posiciona.

O presidente regional também defende a criação de outros partidos, “desde que não sobrevivam com o dinheiro do povo, que é o Fundo Partidário”.   De acordo com Elison, o partido é contra o fundo e pretende “usar os recursos do fundo para fazer propaganda contra ele. Não pretendemos utilizar dinheiro público para sustentar o partido”, afirma.

Elison destaca que o NOVO deverá funcionar como uma empresa e que os filiados serão como “sócios do projeto”, que o manterão financeiramente. “Na filiação já existe uma taxa, que é uma mensalidade para ajudar o partido. Também temos voluntários que doam certo tempo e recursos, por uma causa. Vamos ser patrocinados por pessoas que acreditam e coagulam com nossas propostas e ideias”, aponta.

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