O relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Teori Zavascki, deu autorização para abertura de mais dois inquéritos sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. A Procuradoria Geral da República (PGR) é autora dos pedidos de investigação que tramitam em segredo de justiça.
Ao todo, são 5 procedimentos sobre Eduardo Cunha em andamento no Supremo. Em março, o STF aceitou a denuncia contra o deputado por 10 votos a 0. O peemedebista é suspeito de ter recebido cerca de US$ 5 milhões em propina devido a um contrato da Petrobras.
Cunha também é investigado em dois outros inquéritos: um por supostamente ter recebido propina que consta em suas contas na Suíça e outro por ter recebido propina para as obras do Porto Maravilha, no Rio.
Em sua defesa, Cunha sempre nega que que tenha recebido vantagens indevidas. Afirma ainda que as contas na Suiça são "trustes", ou seja, são recursos administrados por terceiros.
Nesta segunda-feira (25/4), manifestantes realizaram um protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, com vassouras e baldes, contra a morosidade da Corte para decidir sobre o pedido de afastamento do deputado. Segundo a polícia, não houve tumulto ou necessidade de intervenção.
Esse pedido de afastamento de Eduardo Cunha, tanto do mandato quanto da presidência da Câmara, foi apresentado em dezembro de 2015, pela PGR. O pedido listava 11 indícios de que o peemedebista tenta dificultar as investigações da Operação Lava Jato.