O Partido dos Trabalhadores (PT) informou que irá orientar suas lideranças regionais a firmarem alianças com a esquerda durante as eleições municipais deste ano. A ideia é distanciar-se ao máximo do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), além de outras siglas que fizeram oposição ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
A direção nacional do partido está reunida nesta terça-feira, 17, em um hotel de Brasília e irá anunciar, no final da tarde, que não reconhece o governo do presidente interino Michel Temer. Apesar disso, alguns petistas admitem que o afastamento de siglas que defenderam o processo de impeachment de Dilma nem sempre será possível.
“Creio que haverá uma fase de transição em que o partido deve ter um eixo prioritário para as alianças, mas deve, no caso a caso, a partir da direção de cada estado, tomar uma decisão para algumas exceções”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias, ao chegar para a reunião do diretório nacional.
A direção nacional do PT afirma que no Congresso, a ordem é de que o partido faça oposição sobre qualquer proposta enviada por Temer.
A reunião petista teve inicio na manhã de hoje, às 11h e diversos parlamentares do partido que não quiseram se pronunciar à imprensa estão presentes, entre eles, o líder do governo afastado da Câmara, José Guimarães (PT-CE).
De acordo com alguns parlamentares petistas que não quiseram ser identificados, o partido tem a ordem de sair em defesa de novas eleições gerias, com o objetivo de não desviar o foco da defesa no Senado do mandato de Dilma.