A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) já se recupera, torna-se viável e não será liquidada, cujas ações restauradoras foram tomadas sob o comando do prefeito Iris Rezende (PMDB). A afirmação é de Nailton de Oliveira, diretor administrativo-financeiro da companhia, ao adiantar que R$ 14 milhões já foram pagos de dívidas de R$ 65 milhões herdadas da administração de Paulo Garcia (PT).
Nailton de Oliveira diz que o prefeito Iris Rezende tem sido rigoroso ao determinar medidas administrativas que reduzam gastos, incluindo corte de cargos comissionados e todo o tipo de despesa desnecessária. “Iris recomendou à direção da Comurg para que adote soluções que venham recuperar a companhia, sob pena de levar, ainda nesta gestão, a uma liquidação”.
Em encontro com diretores da Comurg e com membros do sindicato que representa os servidores, o prefeito Iris Rezende, segundo Nailton de Oliveira, foi claro: “É preciso a união de todos, com sacrifício e espírito público, para que se possa, no primeiro ano da administração, tornar a Comurg enxuta, eficiente, valorizando os servidores e prestando serviços de qualidade à população de Goiânia”.
O diretor administrativo-financeiro ressalta que a população de Goiânia tem consciência de que Iris Rezende, por sua trajetória política, tem capacidade de gestão, o que ficou demonstrado nas três administrações anteriores de Goiânia e duas vezes no governo de Goiás”.
Nailton de Oliveira enfatiza que a Comurg já dá respostas positivas à população de Goiânia, com a coleta regular do lixo urbano, poda de árvores, recuperação de praças, jardins e parques da cidade. “A comunidade já vê resultados da ação da Prefeitura de Goiânia na área da Comurg e vamos melhorar ainda mais a prestação de serviços às pessoas”.
A Comurg tem oito mil funcionários (efetivos e comissionados). De 580 cargos comissionados existentes em 1º de janeiro deste ano, a companhia reduziu para 38.
Ormando Pires, diretor de operações, lembra que a companhia tinha, em dezembro de 2016, 1.416 funções gratificadas, que proporcionavam um impacto de R$ 688 mil mensais na folha de pagamento dos servidores. Na gestão atual, existem apenas 265 funções gratificadas, o que representa uma redução de 70% e equivale a um corte de R$ 479 mil. “A diminuição de funções gratificadas não influenciou na qualidade dos serviços e serviu para dinamizar as atividades e desburocratizar as ações, gerando resultados altamente positivos à comunidade”.
Redução de despesas
Nailton de Oliveira revela ao Diário da Manhã que medidas administrativas foram adotadas, em quase cinco meses de governo, para reduzir as despesas da companhia e exemplifica: de R$ 116 milhões gastos com folha de servidores, pensões, benefícios e encargos sociais durante os últimos quatro meses de dezembro de 2016 pela gestão anterior, a prefeitura reduziu para R$ 92 milhões de janeiro a março deste ano. Houve uma economia, este ano, de R$ 24 milhões com folha de pessoal.
O diretor-administrativo da Comurg revela que, em 2016, a companhia gastou R$ 394 mil com energia elétrica, telefone e água, enquanto que, nos quase cinco meses da gestão atual, o valor chega a R$ 191 mil.
Luiz Carlos Cascão, diretor de transporte, revela que houve redução de gastos com aquisição de pneus (veículos existentes na companhia) para a Comurg este ano: são aplicados R$ 165 mil mensais, o que projeta uma economia de R$ 1,4 milhão. “Uma redução de gastos de aproximadamente 43% em relação ao mesmo período na gestão anterior” O diretor acrescenta que a previsão de economia com aquisição de peças/pneus, se comparado com o mesmo período da gestão anterior, é de R$ 7 milhões”.
Quinquênios
O Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) aprovou a prorrogação do prazo para a Companhia de Urbanismo de Goiânia (Comurg) cumprir integralmente a medida cautelar que determinou o recálculo dos quinquênios concedidos aos empregados da companhia.
De acordo decisão do conselheiro do TCM, Daniel Goulart, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB) e o presidente da Comurg, Denes Pereira (PRTB), devem refazer o recálculo dos quinquênios concedidos aos servidores, devendo as gratificações serem calculadas sobre o salário-base, como determina a lei.
O objetivo da decisão é dar fim aos supersalários pagos ao alto escalão da companhia, que são alvos de sucessivas ações do Ministério Púbico do Estado de Goiás (MP-GO).
Ao aprovar a ampliação do prazo por 30 dias, o Tribunal considerou o acordo firmado em reunião com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), MP-GO, Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação( Seacons), Secretaria de Governo municipal, Ministério Público de Contas junto ao TCM-GO e da Comurg.