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Marconi defende apoio às reformas de Temer

O governador Marconi Perillo defendeu ontem que seu partido, o PSDB, mantenha o apoio ao governo do presidente Michel Temer e garanta a governabilidade do País para que o Congresso Nacional aprove as reformas em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado. A defesa foi feita durante palestra que Marconi fez na Conferência Anual da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale).

Marconi afirmou que as reformas são necessárias para que o Brasil volte a crescer. Segundo Marconi, o partido tem a responsabilidade de garantir que os avanços econômicos possam ajudar a fazer com que os juros caiam ainda mais, que a inflação diminua e que seja adotada uma boa política cambial. “Eu defendo que meu partido apoie firmemente as reformas. É preciso apoiar a aprovação das reformas, primeiro a previdenciária, depois a reforma política porque é na estrutura política eleitoral e partidária que se encontra a raiz da corrupção que deve ser extinta definitivamente do Brasil”, analisou.

O governador pediu que haja equilíbrio neste momento difícil. Disse defender que o partido mantenha a aliança com o Governo Federal e, assim, de forma direta, estará apoiando as reformas e a agenda positiva,”que fez com que o Brasil, em um ano, começasse a diminuir a inflação de mais de 10% para menos de 4%. Fez com que os juros caíssem de quase 15% para 10% e, pela primeira vez, desse sinal de que começa a sair da crise, com um PIB positivo”.

Aprofundando sua análise sobre a realidade econômica do País, o governador lembrou que a média de crescimento do PIB é mensurada em dois anos – no anterior e no atual. No ano passado, houve uma queda no PIB de 2,5%. A média agora foi de 1%, “o que - segundo o governador - significa que o País cresceu 3,5% nos três primeiros meses. Descontando 2,5% do ano passado, dá 1% que é o saldo positivo neste primeiro trimestre. Nós não podemos jogar fora o que já foi conquistado”.

Depois de lembrar que a Reforma Trabalhista já passou pelo crivo da Câmara dos Deputados, Marconi falou sobre a necessidade imperiosa  de aprovar a reforma da previdência. “Muita gente se equivocou ou não estava bem informado com os objetivos da reforma da previdência. Ela é para combater privilégios. Hoje, 70% dos gastos da previdência no Brasil é para um terço dos aposentados. Os outros 70% têm um gasto proporcionalmente muito menor do que aqueles privilegiados”, sentenciou.

Ao reafirmar que o Brasil precisa resolver a questão da previdência, Marcou enfatizou que em Goiás haverá um déficit previdenciário neste ano de R$ 1,9 bilhão. Em quatro anos, pelas projeções, serão R$ 8 bilhões. “Imagina o que seria possível fazer na saúde, na segurança, na educação, na infraestrutura com esses recursos?”, indagou.

O governador voltou a lamentar que sete milhões de goianos trabalhem para pagar aposentadoria a 60 mil aposentados e pensionistas. “Defendemos o direito das pessoas que se aposentaram. Mas é preciso corrigir. Se não fizermos nada, os estados vão quebrar”, previu.

A par da crise que assola o País, ele informou aos parlamentares e convidados, reunidos em Foz de Iguaçu, que seu governo conseguiu estruturar o maior programa de investimentos em curso no País, referindo-se ao “Goiás na Frente”. Para tanto, disse ter contado com a ajuda da Assembleia Legislativa.

“Temos a felicidade de ter uma Assembleia Legislativa muito bem dirigida e consciente de seu papel em relação ao momento crítico pelo qual passa o Brasil. Nós tivemos não só a maior recessão da história, mas também uma grande depressão que fez o Brasil ficar mais pobre 10% neste período”, disse.

Marconi recordou que a Assembleia Legislativa de Goiás começou a ajudá-lo para o enfrentamento da crise ainda em 2014, quando o governo previu as dificuldades vindouras. “Naquele período nós reduzimos para dez o número de secretarias e mais de seis mil o número de funcionários com o apoio imprescindível da Assembleia”, argumentou.

“A partir de 2019 precisamos ter uma liderança forte, inclusive para cortar privilégios”, diz Perillo

Após mais de duas horas de explanações, considerações e debates, o governador Marconi Perillo abriu o bloco para as despedidas. Resumiu suas expectativas sobre o futuro do País dizendo-se otimista. Considerou que após o Governo Federal ter tido a coragem para propor as reformas, criando uma agenda positiva para o Brasil, a responsabilidade maior agora recairá sobre os ombros do líder que emergir das urnas no ano que vem.

“A partir de 2019", observou, precisamos ter uma liderança forte, que tenha coragem de enfrentar os desafios dessa agenda moderna. Muita coisa está errada e precisa ser corrigida. Esse líder terá que ter coragem para enfrentar privilégios, enfrentar corporações, apresentar ao País uma agenda de redução dos gastos”.

Marconi considera que há hoje no Brasil muitas estruturas desnecessárias, que consomem bilhões de dólares todos os anos. “Isso vai ter que ser enfrentado se nós quisermos ter dinheiro para fazer investimentos e melhorar a vida do povo”, acrescentou.

Na defesa de algumas teses, mencionou o fim da estabilidade no serviço público. “Na iniciativa privada as coisas funcionam bem porque se paga o salário pelo mérito. É muito ruim a gente ter que nivelar por baixo, ter que pagar o mesmo salário para um bom e para um relapso”.

Está é a 21º Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE), realizada anualmente pela Unale – União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. A conferência deste ano reúne o maior número de parlamentares e entidades legislativas. Mais de 1.500 parlamentares, assessores legislativos, entidades nacionais e internacionais estão participando do encontro.

Os trabalhos da manhã foram abertos com palestras. Além de Marconi Perillo, falaram também os governadores do Paraná, Beto Richa, de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Piauí, Wellington Dias. O evento contou também com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A Conferência tem como abordagem principal “O Brasil e suas reformas”, aprofundando as discussões sobre a relevância do poder legislativo estadual, a crise nos estados e as soluções, as reformas política e trabalhista, além de outros temas de relevância nacional e internacional.

“Vitti eleva nome de Goiás ao presidir Colegiado de Presidentes de Assembleias”, diz governador

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Ao particparr da Conferência Anual da Unale, o governador Marconi Perillo destacou a eleição do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado José Vitti, para comandar o Colegiado Nacional de Presidentes das Assembleias Legislativas. “É um fato da mais alta relevância para Goiás. Isso demonstra o prestígio dele, a qualidade e a liderança que ele exerce dentro e fora do estado de Goias”, ressaltou.

Durante debate no painel “Crise Econômica nos Estados”, Marconi falou sobre o enfrentamento da crise em Goiás e elogiou a atuação de Vitti e o papel decisivo da Assembleia. “O apoio da Assembleia foi fundamental para que agora pudéssemos colher os frutos das políticas de austeridades e das reformas”, disse Marconi. Os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, Paraná, Beto Richa e Piauí, Wellington Dias, também participaram do painel.

Vitti agradeceu o apoio e a presença do governador no evento. “É sinônimo de prestígio para a nossa conferência." O evento. que ocorre em Foz do Iguaçu, no Paraná, debate a crise no país sob a ótica dos lesgilativos estaduais. “Estamos debatendo questões cruciais da política brasileira, além de trocar de informações e experiências com outras assembleias do País”, finalizou.

Governador anuncia R$ 26,3 milhões para inovação

O governador Marconi Perillo assinou ontem, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, três editais que disponibilizam R$ 26,3 milhões para projetos em inovação, em mais uma ação dentro do programa Goiás Mais Competitivo e Inovador. A análise dos pedidos será feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED). O objetivo, explicou o governador, é o de fomentar os parques tecnológicos, implantar e consolidar ambientes de inovação e também estimular a criação de startups.

Mais de 100 pessoas, entre representantes do setor produtivo, de empresas de tecnologia e das universidades goianas, presentes na solenidade, ouviram o governador afirmar que esses recursos criam condições adequadas para fomentar pesquisas baseadas em inovação tecnológica, como forma de modernizar práticas, atrair empresas e gerar empregos. “Esses investimentos certamente fortalecerão ainda mais a Fapeg, cujas pesquisas estão criando bases muito sólidas para que Goiás dê um salto cada vez mais significativo na área da competitividade e da produtividade”, declarou.

Marconi lembrou da ocasião em que participou de um fórum mundial na China, em 2011, em que o primeiro ministro chinês expôs o plano decenal daquele país. “Fiquei impressionado com as palavras do primeiro ministro, à época. Tudo que ele falava tinha a ver com clima, com tecnologia, com inovação. Um plano globalizado que representa o futuro e a modernidade”, afirmou, ao reforçar a dimensão singular dos investimentos que estão sendo disponibilizados.

Superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), Mauro Faiad afirmou que Marconi possui a consciência que, para Goiás crescer de maneira sustentável, deve estar lastreado com políticas e investimentos em inovação e qualificação de mão de obra. “Na qualificação já avançamos muito. Agora, estamos avançando nesse outro pilar, que é da inovação tecnológica. Os recursos vão contemplar parques tecnológicos, startups, micro e pequenas empresas de base tecnológica, com recursos não reembolsáveis. Um forte indício de que o governo de Goiás aposta tudo e um pouco mais na inovação como forma de continuar crescendo bem acima da média nacional”, avaliou.

Para Maria Zaira Turchi, presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa de Goiás (Fapeg), os investimentos anunciados mostram que o governo está alinhado para alcançar o propósito que é transformar Goiás em um Estado mais competitivo e mais inovador. A inovação, explicou, “define avanços, desenvolvimento econômico e desenvolvimento científico para o Estado de Goiás. Marconi tem muito claro esse propósito e determinou que trabalhássemos muito fortemente para alcançarmos esse resultado”, contou. “Isso não é gasto, é investimento”, sublinhou.

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