Nesta sexta-feira (9/6), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu a chapa Dilma-Temer do processo de cassação por abuso de poder econômico nas eleições de 2014. Coube ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, dar o voto de desempate, absolvendo a chapa por 4 votos a 3 pela Justiça Eleitoral.
O processo de votação durou quatro dias de debates entre os ministros do TSE. Foram excluídas do processo as delações premiadas, resultado da decisão da maioria dos magistrados criticada pelo ministro Herman Benjamin, na quinta-feira (9/6). A votação começou com Napoleão Nunes Maia, que votou contra a cassação por acreditar que o tema não cabe a um tribunal eleitoral.
Em seguida, o ministro Admar Gonzaga concordou com Nunes Maia, afirmando que não cabe a um tribunal eleitoral decidir sobre a questão. O quarto a votar foi o ministro Tarcísio Vieira, alegando que não há de que houve doações ilegais, votou contra. O ministro Luíz Fux votou à favor da cassação, considerando as delações como provas.
A ministra Rosa Weber afirmou seu voto a favor da cassação e ressaltou a importância de incluir as delações apresentadas no processo. Mendes afirmou que não se pode trocar de presidente a toda hora. "Prefere-se manter um governo ruim e mau escolhido do que tirar a estabilidade de país. E ninguém venha me dar lição aqui porque também eu quero o combate à corrupção. Mas, precisamos analisar o caso sob a Constituição", argumentou.