O reaquecimento da economia nacional é evidenciado pelo aumento de 91% nas contratações de recursos pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), de janeiro a outubro deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a coordenadora-geral de Fundos da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Luciana Barros, a retração do mercado em 2016 refletiu no desempenho do FCO. Até outubro daquele ano, foram contratados R$ 3,1 bilhões em todo o Centro-Oeste. No mesmo período de 2017, já foram R$ 5,9 bilhões. “Em 2016, sobraram R$ 3 bilhões no Fundo. Mas esse recurso passa para o ano seguinte, pois o FCO se retroalimenta, por isso tivemos 10 bilhões para 2017”, explicou.
A expectativa do Banco do Brasil, um dos principais administradores do Fundo, é que o FCO libere R$ 7,5 bilhões até o fim deste ano. “Há muitas operações em análise. Em 2016, a previsão era R$ 6 bilhões. O que nos leva a crer que se tivéssemos o mesmo recurso neste ano não atenderia às demandas do mercado”, observa.
De acordo com a coordenadora, a intenção é aumentar as operações pelo Fundo até dezembro. “Estamos simplificando as normas para atender as solicitações do setor produtivo. Mas também dependemos do mercado, dos investidores, eles é que precisam identificar o momento certo de investir”.
Como o próprio nome diz, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) foi previsto pela Constituição Federal. Os recursos do Fundo vêm do imposto de renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).