O deputado estadual José Nelto (PMDB) encara com pragmatismo as eleições de 2018: “A oposição não pode ter dois candidatos. Daniel Vilela e Ronaldo Caiado devem buscar caminhos que levem ambos a estar juntos para vencer a disputa contra o governo”, insiste.
Pré-candidatoadeputadofederal, José Nelto afirma que nem o PMDB nem o DEM possuem chapa completa para deputado estadual e federal, tampouco para os cargos majoritários. “Quem é o vice de Daniel, e os candidatos ao Senado? Quem são o vice e os senadores de Caiado? Não podemos brincar de disputar eleição. Tudo que o Palácio das Esmeraldas quer é que a oposição lance duas chapas. Desunidos, seremos alvo da artilharia palaciana”, adverte.
Líder do PMDB na Assembleia Legislativa, José Nelto diz que não tem ilusões sobre a adesão de políticos ou partidos da base governista às candidaturas da oposição. “Alí ninguém larga o osso”, frisa. Nelto cita entrevista do ex-senador Antônio Carlos Magalhães, que foi questionado sobre a sua permanência no governo Collor durante a crise que levaria ao impeachment. “Governo, minha filha, a gente deixa no final, e assim mesmo no finalzinho”. Segundo o peemedebista, “a base só vai deixar o governo em setembro, quando ver que a vaca foi para o brejo, mas até lá vão sugar o que puderem”, afirma.
Enfático, José Nelto diz que não acredita em “exército de Brancaleone”, numa alusão ao filme de Mário Monicelli, que retrata um exército de maltrapilhos que tentam fazer fama e fortuna na época das Cruzadas, no século XI. “Vamos trabalhar para termos um exército forte, coeso, unindo as militâncias de todos os partidos de oposição. Não podemos subestimar o poder de fogo do governo”, alerta.
Paraolegislador, tudopodeacontecer até março. Caiado pode apoiar Daniel, ou vice-versa, ou até outros nomes serem lançados, como o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela. “O que não pode acontecer é a gente sair sem chapa, sem candidatos, desunidos”, insiste.
O prefeito de Catalão, Adib Elias, defende a tese de que o PMDB deve apoiar a candidatura de Ronaldo Caiado, tendo Daniel na vice ou candidato ao Senado, como parceiro de chapa o vereador Jorge Kajuru ou o deputado federal Pedro Chaves.
José Nelto diz que este e outros cenários devem ser analisados, como, por exemplo, de Caiado apoiar a chapa do PMDB, indicando o vice ou candidato ao Senado. “Tudo pode acontecer a partir de março, o que não podemos perder é a possibilidade de fazer um amplo entendimento para enfrentar com igualdade de peso a máquina governista”, frisa.
Quem é o vice de Daniel e quais são os candidatos ao Senado? Quem são o vice e os senadores de Caiado? Não podemos brincar de disputar eleição”