A deputada federal Magda Mofatto (PR) acredita que a Câmara Federal vai aprovar, em fevereiro, a reforma da Previdência, com os ajustes encaminhados pelo presidente Michel Temer. “É preciso fazer a reforma previdenciária. A situação financeira do sistema de aposentadorias é caótico. Se não fizermos as mudanças, daqui a algum tempo, o governo federal não vai conseguir pagar as aposentadorias”.
Ela lembra que, por iniciativa do governo, foi encaminhado ao Congresso Nacional um novo projeto da Previdência, mostrando que a reforma não será tão rigorosa como inicialmente apresentado. “Aqueles que precisam da aposentadoria, os que recebem menos, os assalariados, estão totalmente preservados. Os produtores rurais, totalmente preservados”.
Para Magda Mofatto, o importante é retirar privilégios exagerados de poucos, pois, segundo ela, existem casos em que a pessoa tem seis recebimentos do INSS. Quer injustiça maior do que essa? Tem aposentado que ganha mais do que R$30 mil e acumula a aposentadoria que recebe com a da falecida. Isso não é justo.”
A deputada goiana sustenta que a aposentadoria precoce, conjugada com a elevação sistemática da expectativa de vida, é uma equação que leva “à insolvência do sistema”, como vem acontecendo no Brasil. “O sistema nacional tem, pelo menos, dois defeitos inaceitáveis: permite a aposentadoria precoce, que conduz igualmente a um número insuficiente de anos de contribuição; e é abundante em isenções e privilégios inconcebíveis do ponto de vista do necessário equilíbrio financeiro.”
Magda frisa que o alongamento da expectativa de vida impõe, fora de dúvida, uma idade mínima para aposentadoria. “No debate que se realiza no momento, para a reforma do sistema, há um amplo consenso de que a idade mínima seja fixada em 65 anos para homens e 62 para mulheres. Do mesmo modo, é imperioso que sejam extintos os privilégios concedidos a titulares de cargos públicos eletivos e efetivos. Para esses casos, a solução seria algum sistema complementar de aposentadoria.”