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Rodrigo Maia afirma que votação da reforma da Previdência acontecerá em 2018

O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou nesta quinta-feira (14/12) que a votação da proposta somente na primeira segunda-feira de fevereiro (19/12) após o Carnaval. Segundo ele, a decisão foi tomada por conta da contabilização de votos que não está favorável ao texto.

"Nas últimas semanas, o governo está contabilizando votos, conversando com líderes, com os deputados, e eu de certa forma, também, e a decisão que eu resolvi tomar, ouvindo, claro, o governo, o presidente Michel Temer, é marcar o início da discussão da matéria para o dia 5 de fevereiro e a votação para a primeira segunda-feira depois do Carnaval", disse a jornalistas.

Na última quarta-feira (13/12) o senador Romero Jucá (PMDB-RR) já havia informado que um acordo na entre presidentes do Senado e da Câmara, com participação do Planalto, teria adiado a votação até fevereiro. No entanto, o adiamento foi negado pelo Palácio do Planalto que informou que a data ainda seria discutida.

Votos

A proposta que modifica as regras da aposentaria necessita de ao menos 308 votos entre os 513 deputados para aprovação em dois turnos já que é causa mudança na Constituição. Há vários meses o governo trabalha para tentar convencer os políticos, porém ainda não obteve sucesso. Por conta disso, houve adiamento da votação diversas vezes.

Maia comentou que a quantidade de votos necessários será garantida. Afirmou ainda que eram entre 320 e 330 votos a favor em fevereiro. De acordo com ele, embora 2018 seja ano de eleição, a atual crise nos cofres públicos ajudará a levar a reforma adiante. "Dessa vez, em ano eleitoral dá para votar, porque a crise é tão grande", disse.

Relator

Segundo o relator da reforma, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA) será necessária a realização de um trabalho de convencimento durante o mês de janeiro. Ele ainda afirmou que a votação precisa acontecer com uma margem segurança.

"Se disserem na próxima quarta-feira (20) que temos 310 votos certos, eu opinarei que não votem. Não podemos arriscar", comentou.

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